A variedade de forma com que AMÉM AMOR aborda a poesia vai desde o tradicional soneto e outras variações com igualdade métrica e rima (trovas, liras, quadras), até formas mais livre com versos curtos e brancos ou até exercícios formais à moda concretista, sem esquecer as micrologias e os haicais.
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Para concluir esta breve apresentação, não poderia faltar uma declaração de amor neste mínimo passeio por “Amém Amor”, de Cristiano Dionísio, afinal, como já informamos, é o trato principal da obra e vai aqui nos termos do poema “Visão”.

A visão tem na luz a sua dor de origem;
Mas foi na luz de teus olhos que descobri,
Que antes de ti, meu olhar era virgem.

Também assim será com essa obra de estreia do autor, pois antes da amostra nada se poderia dizer da escrita de Cristiano Dionísio. Autor e leitor perdem a virgindade na iluminação que estes versos trarão. Se as palavras tiverem luz própria, certamente farão viver no entorno planetas, é o que aguardamos. Amém.

Juarez Poletto
Mestre e Doutor em Estudos Literários
pela Universidade Federal do Paraná.
É escritor com vários livros publicados na área de poesia e ficção