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Diário Escarlate
“Diário Escarlate” narra a sombria e complexa jornada de Elizabeth Báthory, uma das figuras mais enigmáticas da história, conhecida como a Condessa Sangrenta. A história se passa na Hungria do século XVI e acompanha Elizabeth desde sua infância até o trágico fim de sua vida, oferecendo uma visão íntima e psicológica dos eventos que a transformaram em uma lenda macabra.
O livro começa com Elizabeth sendo condenada publicamente, prestes a ser queimada viva, e sua mente volta ao passado, relembrando sua vida e os fatores que a moldaram. Crescendo sob a negligência de sua mãe narcisista, Anna Báthory, Elizabeth sofre com a falta de afeto e com a pressão de corresponder às expectativas sociais. Ela começa a ouvir vozes misteriosas nos corredores do castelo e conhece Levi, uma figura enigmática que só ela pode ver.
Levi ganha a confiança de Elizabeth, manipulando seus medos e desejos mais profundos. Ele a convence de que cometer atos cruéis contra as jovens de seu castelo, banhando-se em seu sangue, traria beleza e aceitação — algo que Elizabeth tanto deseja, especialmente para conquistar a aprovação de sua mãe. Conforme os horrores se desenrolam, Elizabeth afunda cada vez mais na escuridão, lutando contra a realidade e sucumbindo à influência de Levi.
À medida que o fim se aproxima, Elizabeth enfrenta não apenas o julgamento da sociedade, mas também uma batalha interna com seus demônios. No calabouço, prestes a ser executada, ela encontra sua versão infantil e Levi afiando uma faca, assistindo a um debate perturbador entre suas duas versões de si mesma. Esse confronto psicológico revela as verdades sombrias por trás de suas ações e das manipulações que sofreu.
O livro culmina com a execução de Elizabeth, onde passado e presente se entrelaçam. Enquanto as chamas a consomem, ela reflete sobre a escuridão que tomou conta de sua vida e encontra uma forma de paz ao enfrentar a verdade sobre quem realmente era e o que a levou ao seu destino final.
“Diário Escarlate” é uma obra que explora temas como machismo, narcisismo, assédio verbal, preconceito e depressão, com uma narrativa rica em diálogos, simbolismos e uma abordagem profundamente psicológica. O leitor é levado a questionar os limites entre o bem e o mal, a realidade e a fantasia, em uma jornada sombria pela mente de uma das figuras mais controversas da história.