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Elogio da Loucura

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Erasmo faz desfilar pelas páginas desta obra toda a mesquinharia e pequenez desse “animalzinho, tão pequeno e de tão pouca duração, que vulgarmente se chama homem”. Uma inversão de valores, onde a razão, o bom-senso, a seriedade são fustigados, enquanto a loucura é louvada. “Todas as coisas são de tal natureza que, quanto mais abundante é a dose de loucura que encerram, tanto maior é o bem que proporcionam aos mortais.”

Loucura não no sentido psiquiátrico das doenças mentais como esquizofrenia ou psicose maníaco-depressiva, mas – fazendo uma brincadeira com o nome do amigo Thomas Morus, a quem dedica a obra – no sentido da palavra grega Moria (μωρἰα), que, segundo o próprio autor, corresponde ao termo latino Stultitia, ou seja, estultícia, “atributo, característica do que é ou se apresenta de modo estúpido; tolice, parvoíce, estupidez”, segundo o dicionário Houaiss.

Trata-se de uma sátira à insensatez e irracionalidade humana, espécie de reductio ad absurdum em que, ao dar a palavra à “deusa” Loucura e permitir que elogie a si própria e o comportamento tresloucado que inspira ao ser humano, o autor no fundo expõe o absurdo de tal comportamento. Diz a Loucura: “Quanto mais contrária ao bom senso é uma coisa, tanto maior é o número dos seus admiradores, e constantemente se vê que tudo o que mais se opõe à razão é justamente o que se adota com maior avidez. Perguntar-me-eis por que? Pois já não vos disse mil vezes? É porque quase todos os homens são malucos.”

Sobre Erasmo de Rotterdam

Erasmo cursou o seminário com os monges agostinianos e realizou os votos monásticos aos 25 anos, vivendo como tal, sendo um grande crítico da vida monástica e das características que julgava negativas na Igreja Católica. Frequentou o Collège Montaigu, em Paris, e continuou seus estudos na Universidade de Paris, então o principal centro da escolástica, apesar da influência crescente do Renascimento da cultura clássica, que chegava de Itália. Erasmo optou por uma vida de académico independente, independente de país, independente de laços académicos, de lealdade religiosa e de tudo que pudesse interferir com a sua liberdade intelectual e a sua expressão literária.

Os principais centros da sua actividade foram Paris, Lovaina, Inglaterra e Basileia. No entanto, nunca pertenceu firmemente a nenhum destes locais. O tempo passado na Inglaterra foi frutífero, tendo feito amizades para a vida com os líderes ingleses, mesmo nos dias tumultuosos do rei Henrique VIII: John Colet, Thomas More, John Fisher, Thomas Linacre e Willian Grocyn. Na Universidade de Cambridge foi o professor de Teologia de Lady Margaret e teve a opção de passar o resto de sua vida como professor de inglês. Esteve no Queens’ College, em Cambridge, e é possível que tenha sido alumnus. Foram-lhe oferecidas várias posições de honra e proveito através do mundo académico, mas declinou-as todas, preferindo a incerteza, tendo no entanto receitas suficientes da sua actividade literária independente. Entre 1506 e 1509 esteve em Itália. Passou ali uma parte do seu tempo na casa editorial de Aldus Manutius, em Veneza. De acordo com suas cartas,[carece de fontes] esteve associado com o filósofo natural veneziano, Giulio Camillo, mas, além deste, teve uma associação com académicos italianos menos activa do que se esperava.

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