Na coluna de Lauro Jardim na Veja dessa semana há uma pequena nota que fala sobre a visita de representantes da Amazon ao ministro da Educação Aloizio Mercadante. Nessa reunião, teriam feito dois pedidos ao ministro: vender Kindles ao MEC (não fica claro se seria o Kindle Fire ou o Kindle com tela de eInk) e embarcar mais de 180 mil livros de domínio público em português nos aparelhos a serem vendidos no Brasil.
Parece que o último pedido deve ser concedido (uma notícia bem legal, aliás), mas o segundo está fora de questão. É provável que a Amazon não tenha oferecido dinheiro o suficiente ao governo brasileiro, mas eu sou uma pessao esperançosa e quero acreditar que o nosso governo parou e pensou um pouco no que significaria uma decisão dessas: o maior comprador de livros do mundo à mercê de uma única plataforma.
Todos os eBooks destinados a escolas teriam de ser feitos no formato MOBI ou no KF8, e teriam o DRM exclusivo da Amazon. Livros digitais vendidos pelas principais editoras e livrarias brasileiras, em formato ePub, não seriam compatíveis com o aparelho do governo, exigindo um retrabalho gigantesco. E isso também fecharia a porta para qualquer outro player, sejam os grandes como Apple e Google, sejam os brasileiros, sem importar o tamanho.
Ufa.
Bem observado!