Autora Lindsey Davis

Autora Inglesa Quer Lutar por Maiores Royalties em eBooks

28/11/2011
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A autora Lindsey Davis passou a ocupar recentemente uma das cadeiras da Sociedade dos Autores inglesa. O que mais interessa pra nós nessa notícia é que ela prometeu seguir os passos de seu antecessor, Tom Holland, e deve lutar por melhores ganhos no assunto dos eBooks.

Davis acha que a porcentagem de 30% de royalties nos livros digitais está de bom tamanho:

Acredito que devemos reivindicar royalties de 30% para eBooks, e que mais do que isso seria o correto. É importante que lembremos que quando assinamos o nosso acordos para eBooks foi prometido um período de revisão de dois anos e os dois anos chegaram agora. Devemos fazer os editores rever esses acordos e números.

A autora também acha importante que os escritores acompanhem o trabalho do eBook do começo ao fim, vendo o processo como um todo. Dessa forma, conhecerão todo o caminho e saberão como tirar proveito disso, ao invés de ficarem dependentes de agentes.

A indiferença é endêmica na sociedade em geral, e eu odeio ouvir alguém que escreve dizendo: “Oh, eu nunca me preocupar com contratos; Deixo tudo isso para o meu agente.” Nomes famosos já fizeram isso, e deveriam se envergonhar.

Com informações do TeleRead e do The Bookseller.

 

  1. Ótimo post, como de sempre.
    Umas das coisas que sempre me deixou incucado e indiganado, é a situação desconfortável e desigual dos escritores (as) do mundo inteiro. Salvo algumas raras exceções, a grande maioria é sugada e explorada pelas editoras e livrarias, até onde sei, desde sempre.
    Como pôde ter chegado nesse nível e situação?

    Agora, com as coisas tomando rumos diferentes devido aos e-Pubs/e-Books, forçados por uma nova mentalidade mercadológica, pressões políticas internas dos “chamados” países do primeiro mundo, etc., um novo horizonte se mostra à frente para os que se dedicam à tarefa de repassarem para o público, o que lhes vem de dentro de si mesmos em forma de impulsos.

    Sinceramente ainda sou e estou muito cético em relação a este “embate” entre os co-criadores X Editoras/Livrarias.

    E vocês, principalmente você Stella, como veem isso?

    1. Ainda é um futuro incerto. Trabalhamos ainda com as regras do mercado do livro impresso, e ainda não conseguimos desenvolver novas regras para o digital. O digital entre muito no long tail, onde se vende mais barato para se vender por mais tempo.

      E, além disso, muda muito rapidamente o meio em que lemos. Hoje estamos no tablet, amanhã o que será? E como garantir royalties, acordos e direitos autorais em um mundo que nem sabemos como será daqui a uma semana?

      Eu espero que os escritores, agora que são mais livres, possam lutar por melhores ganhos, independente da plataforma.

      1. Verdade Stella: o futuro é algo obnubilizado!

        Todas as pessoas envolvidas na área/assunto sobre os livros e os seus prolongamentos, direta e/ou indiretamente, estão diante de um “divisor de águas” que, ao meu ver, já está definido.

        Já tivemos várias experiências neste sentido décadas passadas. Sempre houve e haverão resistências, os que sem razão de ser são do contra, talvez por picardia, e, obviamente o “padrão estabelecido”.

        Romper com tudo isso, queimar etapas sem eliminar arestas, sabemos, nunca foi possível. Por mais que “certos grupos” resistam, lutem pelos direitos e obtenham algumas pequenas vantagens, ainda assim quem e o que determina as coisas “não são” os consumidores, os compradores, os usuários, etc.
        São, desde sempre, “eles”!

        “De que vale ter a opinião formada sobre tudo”, se as regras são ditadas e impostas sobre a massa, por “eles” sutil e malignamente?

        A fórmula é simples: desvio-do-foco+distração+diversão+drogas lícitas+cinema+esportes+trabalho+TV+Internet+Celular+Escolas MUITO deficientes+inteligência MUITO pouco desenvolvida+percepção distorcida da Realidade+conhecimento BEM abaixo da média= ignorância=manipulação=consumo=escravidão.

        Síntese: “Eles” sabem do que precisam, e tudo farão para não largarem o “Osso”.

        “A cauda deles é longa, ´obvio, mas a Inteligência Verdadeira, curtíssima”!

        Abraço!

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