Barnes & Noble: Nook continua estagnado, mas venda de conteúdo mantém desempenho

30/08/2012
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O Nook ainda não está ajudando na receita da Barnes & Noble. Os números divulgados nesta semana mostram que praticamente não houve alteração em relação aos resultados do trimestre fiscal anterior: as vendas do setor (dispositivos e aplicativos) subiram de US$ 191,4 milhões para US$ 192 milhões.

Com o resultado modesto, as ações da varejista caíram 3,9%, para US$ 11,87. No acumulado do ano, o valor das ações já caiu 18%. De acordo com Michael Souers, analista da Standard & Poor’s, o fato se deve à desaceleração na demanda por dispositivos, negócio que experimentou um crescimento de 34% em 2011.

Há alguns dias, a B&N anunciou a expansão do setor Nook para a Grã-Bretanha, primeira para fora dos EUA, além da abertura de uma loja virtual exclusiva para o conteúdo digital comercializado no país. Há rumores de expansão para outras localidades, mas nada ainda sobre o Brasil.

As perdas líquidas no trimestre somam US$ 41 milhões, ou US$ 0,78 por ação. Não foi tão ruim, dado que analistas esperavam uma redução de US$ 0,90 por ação. No trimestre anterior – o último do ano fiscal de 2011 -, o prejuízo líquido reportado foi de US$ 57,7 milhões, ou US$ 1,08 por ação.

A parceria da B&N com a Microsoft que, juntas, formariam a subsidiária NewCo, ainda deve ser concluída nos próximos meses. A expectativa é de que a companhia de Bill Gates invista US$ 300 milhões no Nook em troca de uma participação de 18% na nova empresa. Outros US$ 305 milhões serão investidos em um período de cinco anos.

Bons resultados em impresso e digital

Assim como no período anterior, a receita da B&N experimentou um crescimento puxado pela venda de conteúdo impresso e digital. O aumento na receita desta vez foi de 2,5%, sendo que o total em vendas foi de US$ 1,45 bilhão – um pouco abaixo das projeçẽos de analistas, de US$ 1,49 bilhão.

As vendas de livros físicos, quem diria, aumentaram 8,3%. Se somar com a receita dos produtos do Nook, o crescimento foi de 7,6%. O segmento do varejo em geral teve um aumento de 2% nas vendas, totalizando US$ 1,12 bilhão. Livros como Fifty Shades of Grey têm feito a alegria da B&N. “Isso indica que o negócio do livro não está morto”, afirmou John Tinker, analista do Maxim Group LLC.

Via PublishersWeekly e Bloomberg

 

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