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A batalha da tipografia em eBooks


Desde que os ebooks foram lançados, eles não pararam de evoluir, fazendo com que designers e editores sofressem mais para transitar entre um e outro. Se antes já era difícil adaptar as obras digitalmente, agora ficou ainda mais complicado: leitores querem personalizar seus ebooks, como alega Filip Hnízdo, do site Wired:

 “(…) os usuários estão abraçando a liberdade de apertar botões, interagir com outros usuários e personalizar tudo o que está a sua frente para que este se adeque ao seu próprio gosto e hábitos de leitura.”

Antigamente, o maior problema dos designers estava na dificuldade de trazer para o digital grandes semelhanças do impresso, sem tirar o conforto. Por mais que eles tivessem todas as ferramentas para recriar seu design, estas, na maior parte, não se ajustavam aos diversos formatos de tela. Os tipos também eram e ainda são um problema à parte: não são todas as fontes que se podem usar no ebook, aliás, é preferível que se escolha as pré-dispostas nos redears para poder aumentar ou reduzir a página sem prejudicar a estética e a leitura. “O problema dos ebooks é que, quando eles foram lançados, não estavam totalmente projetados.” explica José Scaglione, da Type Together. Além disso, Richard Rutter, da agência Clearleft diz que:

 “Com os ebooks atuais, qualquer projeto tipográfico sofisticado é completamente ignorado pelas editoras, pois é isso que os aparelhos fazem. Em alguns aspectos, essa é a essência deles. Essa coisa só cospe os textos na tela e o usuário deve ser capaz de alterar a fonte para qual desejar, como era feito na web em 1994.”

Não é a toa que os leitores digitais quisessem tanto personalizar seus ebooks, afinal, eles tiveram que fazer isso quando decidiram que gostariam de ler tanto em iPads quanto em smartphones.

Essas dificuldades fizeram com que desenvolvedores de ebook procurassem retomar o controle, tentando fazer com que as pessoas aderissem os padrões usados na web. Isso tornaria os ebooks mais flexíveis e mais legíveis, além de fazer com que os designers não precisassem desenvolver para múltiplas plataformas, no entanto o usuário perderia seu direito de personalizar. Layon Kristofer, desenvolvedor que aderiu os padrões da web, afirma que:

“Eu posso ver bons argumentos em ambos os lados: editores gostam de controlar e eles tem suas razões para isso, já que são eles que disponibilizam os conteúdos, mas os usuários também deveriam poder controlar em alguns aspectos (…), principalmente aqueles com deficiência visual.”

Veja a matéria completa aqui.

 

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