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Brasileiro teve ebook recusado pela Amazon, por ser popular na rede

24/06/2013
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O autor Paulo Roberto Purim, mais conhecido pelo pseudônimo Paulo Brabo, comentou neste final de semana as dificuldades que enfrentou para publicar seu ebook na Amazon.

Após tentar enviar seu livro para o sistema de auto-publicação da Amazon, o autor se deparou com uma recusa que o chocou:

O conteúdo do seu livro reproduz rigorosamente material que encontra-se livremente disponível na internet, e não estamos convencidos de que você detenha os direitos exclusivos de publicação. Esse tipo de material pode criar uma experiência insatisfatória para o consumidor, e não é aceito. Estamos por essa razão bloqueando a venda do seu livro na Kindle Store. [o autor traduziu a mensagem original, em inglês]

É o preço de ser popular na rede. Paulo foi vítima de um fogo amigo. Explico: a Amazon analisa de forma automática o texto dos livros enviados para o seu sistema de auto-publicação, para identificar se o conteúdo foi copiado de outros sites. O motivo é bastante nobre: evitar que as pessoas criem e vendam “livros” apenas copiando e colando conteúdo de várias fontes diferentes. Essa é uma preocupação séria da empresa. Existem programas que “criam” livros a partir de palavras-chave – por exemplo, você usa o termo “acupuntura” e o programa copia e cola textos dos principais resultados da busca pela palavra. Obviamente, muitos espertinhos começaram a vender estes pseudo-livros na Amazon americana, que para reagir à enxurrada de “spam literário” começou a filtrar conteúdos que apresentassem a mesma origem ou “comportamento” suspeito. O volume de livros deste tipo alcançou uma quantidade grande o bastante, para preocupar a Amazon e obrigá-la a implementar este filtro contra abusos parecidos.

Após a publicação da reclamação pública, o livro de Paulo foi liberado pela Amazon, segundo ele mesmo publicou em seu blog. Parabéns para a Amazon, pela agilidade.

Um dia, se essa ferramenta for mais aprimorada, poderemos ter um caçador automático de plágios. Será que muitos livros (e de autores famosos) cairiam neste filtro?

 

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