A lista de especulações dos motivos que levaram o bilionário criador da Amazon, Jeff Bezos, 49, a comprar o centenário jornal “Washington Post” não para de crescer.
Para especialistas em mídia, Bezos quer entender como funciona a distribuição de informação “curta” pela rede, agora que já domina a de livros e de varejo em geral.
Outros opinam que ele gostaria de usar os editoriais do “Post” para ser ouvido na capital americana -e promover leis que abrangem de impostos a monopólios na internet.
E há quem diga que é apenas um projeto pessoal, mais vaidade do que negócios.
Bezos comprou na segunda o “Washington Post” por US$ 250 milhões.
O debate não se limita a cifrões. Há 226 anos, Thomas Jefferson, um dos pais da Constituição americana, afirmou que “entre um país com governo e sem jornais, e um sem governo, mas com jornais, prefiro o segundo”.
Não são poucos que se questionam se Bezos bancaria a independência que levou a lendária editora Katharine Graham a publicar o escândalo de Watergate, que derrubou o presidente Richard Nixon, em 1974.