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Conheça a maior plataforma de selfpublishing do mundo: a Smashwords

04/07/2012
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O que um autor rejeitado pelas editoras é capaz de fazer? No caso do norte-americano Mark Coker, a escolha foi lançar uma plataforma de autopublicação para autores e editores independentes, com boas práticas de precificação dos ebooks, remuneração vantajosa e acesso aos maiores varejistas da web. Assim foi fundada, em maio de 2008, a distribuidora Smashwords.

A ideia do negócio desde o começo foi dar mais espaço para autores anônimos publicarem livros que não teriam o espaço desejado no mercado editorial convencional. “O mérito comercial é uma maneira perigosa de julgar um livro. Você tem acesso mais fácil a escritores conhecidos como Kim Kardashian do que a autores não descobertos, que podem estar escrevendo futuros clássicos”, disse Coker, CEO da Smashwords, à Forbes.

Nos primeiros sete meses de operação, a Smashwords publicou 140 livros. Em 2009, a empresa mudou para o modelo de distribuição, e passou a oferecer aos varejistas 30% sobre o valor dos livros comercializados. Mas a grande virada veio após o lançamento do iPad, em 2010 e a estreia da iBookstore: a distribuidora, que já havia fechado um acordo com a Apple, entrou com 2,2 mil títulos em EPUB.

Atualmente a Smashwords é uma das maiores – se não a maior – fornecedora da iBookstore. Além da Apple, a distribuidora oferece livros de seus autores nas lojas da Barnes & Noble, Sony e Kobo – porém nada feito, até o momento, com a Amazon. O modelo utilizado prevê o pagamento de 60% dos lucros aos autores, enquanto a distribuidora fatura 10% das vendas nas e-bookstores parceiras e 15% em cima das compras feitas diretamente no seu website.

A companhia passou a se tornar lucrativa em setembro de 2010. Para este ano, o CEO da Smashwords projeta um aumento na receita de US$ 12 milhões, o dobro em relação ao ano passado. Coker explica que mantém as margens de lucro intencionalmente modestas para baixar os preços e pressionar os competidores, mas espera obter lucros em escala. “Custa essencialmente a mesma coisa vender 10 mil livros em um mês na nossa rede [de varejistas] ou 100 mil”, garante.

Números

A Smashwords ostenta a marca de 4,9 bilhões de “palavras” publicadas até o momento. Em termos mais práticos, são 127 mil títulos de 44 mil escritores. A média dos preços é de US$ 3, sendo que 15 mil livros são disponibilizados gratuitamente – o valor dos livros é estabelecido pelos próprios autores.

Os livros mais vendidos são romances e eróticos – não é surpreendente encontrar no catálogo algumas produções bem “caseiras” -, que respondem por 40% das vendas. Como o custo para os autores é baixo e eles respondem pelo próprio risco, existe uma grande variedade de estilos, o que não significa que um certo nível de qualidade é deixado de lado – 5 dos 14 funcionários trabalham para garantir a formatação correta dos livros e para analisar a originalidade do conteúdo.

 

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