Em maio, o IDPF (International Digital Publishing Forum), entidade que gerencia os padrões da indústria de publicações digitais, lançou a proposta de um padrão de DRM (Digital Rights Managements), mais “leve” que o atualmente utilizado nos eBooks em formato ePub. A proposta, porém, gerou controvérsias.
O DRM é um software que vem sendo adotado desde os anos 90 para restringir a difusão por cópia de conteúdos digitais. Segundo o documento elaborado por Bill Rosenblatt, da GiantSteps Media Technology Strategies, o DRM desencorajaria o “oversharing” (por exemplo, disponibilizar tudo com todos). Além disso, a quebra do DRM é uma prática considerada ilegal em muitos países, o que consistiria em mais uma barreira contra a pirataria.
Recentemente, Baldur Bjarnason, desenvolvedor e pesquisador islandês radicado em Bristol, na Inglaterra, contestou a iniciativa em seu blog. Segundo ele, o DRM seria ineficaz tanto técnica, quanto econômica, social e legalmente. Isso porque o sistema não aumentaria as vendas, seria fácil de quebrar, não combateria a pirataria e exerceria pouca influência sobre as decisões judiciais. Confira, abaixo, os doze pontos levantados por Bjarnason:
- ePubs não são softwares, mas arquivos – e isso limitaria a eficácia do DRM.
- Uma eventual padronização do DRM neutralizaria suas principais qualidades: adaptabilidade e flexibilidade.
- Sistemas abertos e modulares de DRM, no entanto, seriam complicados de implementar e gerariam impacto em toda a cadeia.
- Filmes e vídeos seriam um péssimo modelo para os ePubs, uma vez que eles ainda são facilmente distribuídos pela web.
- A influência positiva do DRM no resultado de vendas de eBooks poderia ainda não teria sido mensurada.
- Editoras poderiam ser mais flexíveis com relação ao DRM, pois removê-lo e adicioná-lo seria simples.
- O DRM restringiria a liberdade de expressão, dificultaria o acesso a obra e sugeriria uma desconfiança.
- Padronizar uma solução ineficaz seria desonesto.
- Haveria questões mais relevantes para tratar no momento, como o Javascript em eBooks.
- Culturas em que a pirataria é endêmica não seriam corrigidas pelo DRM.
- Corporações não precisariam de um DRM leve, mas de uma criptografia própria.
- Tal proposta iria de encontro à História.
E você? Qual sua opinião sobre a adoção de um padrão DRM para ePubs?
Confira o debate, na íntegra, aqui.
Fonte: A few random points on DRM – Baldur Bjarnason.
Para publicar seu ebook ou livro impresso, nas principais livrarias online, conheça o serviço de publicação da Simplíssimo. Desde 2010 a Simplíssimo já comercializou mais de 1 milhão de exemplares, para mais de 1.500 autores e editoras. Veja como funciona.
A simplicidade é o último grau de sofisticação.
Em maio, o IDPF (International Digital Publishing Forum), entidade que gerencia os padrões da indústria de publicações digitais, lançou a proposta de um padrão de DRM (Digital Rights Managements), mais “leve” que o atualmente utilizado nos eBooks em formato ePub. A proposta, porém, gerou controvérsias.
O DRM é um software que vem sendo adotado desde os anos 90 para restringir a difusão por cópia de conteúdos digitais. Segundo o documento elaborado por Bill Rosenblatt, da GiantSteps Media Technology Strategies, o DRM desencorajaria o “oversharing” (por exemplo, disponibilizar tudo com todos). Além disso, a quebra do DRM é uma prática considerada ilegal em muitos países, o que consistiria em mais uma barreira contra a pirataria.
Recentemente, Baldur Bjarnason, desenvolvedor e pesquisador islandês radicado em Bristol, na Inglaterra, contestou a iniciativa em seu blog. Segundo ele, o DRM seria ineficaz tanto técnica, quanto econômica, social e legalmente. Isso porque o sistema não aumentaria as vendas, seria fácil de quebrar, não combateria a pirataria e exerceria pouca influência sobre as decisões judiciais. Confira, abaixo, os doze pontos levantados por Bjarnason:
- ePubs não são softwares, mas arquivos – e isso limitaria a eficácia do DRM.
- Uma eventual padronização do DRM neutralizaria suas principais qualidades: adaptabilidade e flexibilidade.
- Sistemas abertos e modulares de DRM, no entanto, seriam complicados de implementar e gerariam impacto em toda a cadeia.
- Filmes e vídeos seriam um péssimo modelo para os ePubs, uma vez que eles ainda são facilmente distribuídos pela web.
- A influência positiva do DRM no resultado de vendas de eBooks poderia ainda não teria sido mensurada.
- Editoras poderiam ser mais flexíveis com relação ao DRM, pois removê-lo e adicioná-lo seria simples.
- O DRM restringiria a liberdade de expressão, dificultaria o acesso a obra e sugeriria uma desconfiança.
- Padronizar uma solução ineficaz seria desonesto.
- Haveria questões mais relevantes para tratar no momento, como o Javascript em eBooks.
- Culturas em que a pirataria é endêmica não seriam corrigidas pelo DRM.
- Corporações não precisariam de um DRM leve, mas de uma criptografia própria.
- Tal proposta iria de encontro à História.
E você? Qual sua opinião sobre a adoção de um padrão DRM para ePubs?
Confira o debate, na íntegra, aqui.
Fonte: A few random points on DRM – Baldur Bjarnason.
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