Amazon no Brasil

Editoras Brasileiras Dobram Amazon e Provocam Mudanças de Contrato

11/04/2012
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Aí está algo que editoras americanas não conseguiram, e que fica como mérito de editoras brasileiras. A notícia saiu no jornal Valor Econômico:

Neste formato, chamado de distribuição, é a própria Amazon que define o preço que será cobrado do consumidor, sem intervenção das editoras. Este valor normalmente é cerca de 50% menor que o preço do livro físico.

No Brasil, no entanto, a política de precificação não emplacou. A diferença é que nos Estados Unidos a companhia tem maior poder de negociação com as editoras, que têm boa parte de suas receitas provenientes dos contratos com a Amazon. Aqui, porém, o cenário ainda é diferente, já que as editoras ainda não possuem nenhum vínculo comercial com a varejista. Para emplacar no país, a gigante americana do comércio eletrônico está tendo que mudar sua postura neste ano.

No Brasil, o sistema utilizado é aquele em que as próprias editoras definem o valor do livro digital, que costuma ficar entre 30% a 40% do preço de capa. “Agora as editores têm controle do preço de capa. O único pedido da Amazon é que não sejam dadas vantagens aos concorrentes que não sejam também oferecidas a ela”, diz Camila Cabete, responsável pela área comercial da Xeriph, distribuidora de livros eletrônicos que trabalha com 163 editoras.

Par ao consumidor, pode soar muito ruim essa notícia, uma vez que eles não irão aproveitar os gordos descontos oferecidos aos leitores americanos que compram com a Amazon. Entretanto, isso pode garantir a subsistência do mercado editorial por aqui, coisa que nos Estados Unidos já é um problema. Lá, muitas editoras menores reclamam que a Amazon está monopolizando o mercado e deixando impossível a continuação de alguns negócios.

O jornal informa, porém, que me mesmo dando o braço a torcer, a Amazon ainda não conseguiu conquistar as maiores editoras do país. Objetiva, Planeta, Record, Rocco, Sextante e L&PM negociam seus eBooks juntas através da sociedade na Distribuidora de Livros Digitais (DLD). Segundo um executivo ligado à DLD, “As lojas físicas são importantes para as editoras, são uma espécie de show room para os livros impressos. Não queremos que esta negociação desestabilize o varejo brasileiro”, diz a fonte.

É esperar para ver, mas parece que por aqui, a coisa será bem diferente do que é nos EUA.

 

  1. O que vai acontecer é que os autores internacionais irão traduzir suas obras por conta própria para vender através da Amazon em outros países.

  2. “No Brasil, o sistema utilizado é aquele em que as próprias editoras definem o valor do livro digital, que costuma ficar entre 30% a 40% do preço de capa. ”

    Mas o preço dos e-books no Brasil não é igual ou maior, normalmente, ao preço do livro físico?

  3. Não considero qualquer forma de excesso de controle e poder salutar, mas neste caso, tenho sérias dúvidas sobre quem sai realmente ganhando. Os consumidores – a se manter a postura que temos visto na maioria das editoras – não serão.

  4. Editoras Nacionais agindo como nossa retrógrada indústria automobilística. É com essa política de cobrar pelo eBook quase o mesmo que se cobra pelo livro físico que o ebook não deslancha no Brasil.

  5. Com a Amazon, vamos trazer estabilidade ao eBook no Brasil. Isto é, preços estabelecidos pelos editores e a possibilidade de negociar com os principais sites, sem exclusividade.

  6. Só quem vive do mercado editorial é que compreende o quão ruim pode ser um monopólio de preços da Amazon. Temos que bater o pé por aqui, afinal, somos a verdadeira Amazônia.

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