(atualizado em 07/09/2012)
A Amazon oferece seu eReader, o Kindle, para mais de 100 países, incluindo o Brasil, desde outubro de 2009. Para tanto, foi firmado um acordo com a empresa de telefonia americana AT&T, que vai utilizar sua rede global de roaming 3G para tornar tudo possível. Sem delongas, vamos ao que importa.
Todas as compras devem ser feitas via Amazon.com. As versões do Kindle atendem vários bolsos:
É importante lembrar que, enquanto a Amazon não operar diretamente no Brasil, ela recolhe no ato da compra o valor do imposto de importação, para que o mesmo seja pago de prontidão e sua entrega agilizada — o que quer dizer que o Kindle vai chegar mais rápido, mas também que é garantido de se pagar 60% de imposto de importação. Além disso, a Amazon também recolhe o ICMS, de modo que o valor da sua compra irá dobrar. Mesmo assim, o preço final ainda fica razoável. Imagine que no começo, em 2009, o preço batia em quase R$1000,00… o Kindle está bem mais barato hoje em dia.
Uma alternativa é comprar o Kindle versão internacional em solo americano, pessoalmente ou via um conhecido, e trazê-lo na bagagem ou mesmo na mão, efetivamente evitando qualquer imposto de importação. Isso porque esse modelo internacional do Kindle, que você pode comprar pela Amazon e receber na sua casa no Brasil, é o mesmo aparelho sendo oferecido para todos os países, inclusive para americanos que querem um Kindle para quando eles estiverem fora do país.
Cada download feito pelo Kindle custa um adicional de US$1,99, hoje uns R$3,60. Isso mesmo, cada um, além do preço do livro. Isso inclui os casos em que você apenas quer refazer o download de um livro que já havia comprado: paga a taxa mais uma vez. Isso vale para qualquer lugar fora dos Estados Unidos, inclusive para americanos que estiverem fora do país.
Claro, isso se aplica quando fazendo a compra ou o download direto do Kindle, de onde quer que você esteja. Não há nenhum custo, fora o preço do livro, caso você compre pelo computador e transfira via USB para o Kindle, como acontece com quase todo eReader atual.
Há um catálogo com mais de 1,2 milhão de ebooks em língua inglesa, e cerca de 6 mil em português. Mais de 100.000 estão abaixo de U$ 6 e o preço dos livros restantes fica na média de U$ 12.
Já existe a possibilidade de publicar independentemente um livro no Kindle Store. Qualquer brasileiro com uma conta na Amazon pode fazer isso por meio do serviço Direct Publishing. A Amazon paga 35% das vendas ao autor.
Com o Kindle, também há a possibilidade de carregar documentos pessoais em formatos como PDF, grátis se feito via USB (intermédio do computador), ou por uma taxa de U$1 por megabyte via wireless 3G, o que pode sair bem caro. Neste método wireless, você envia o documento para um email da Amazon, e eles entregam-no formatado no seu Kindle, bom para carregar para o Kindle anexos de emails quando em um cybercafé. Esses arquivos também ficam guardados em sua conta no site da Amazon.
Alguns títulos não estão disponíveis para consumidores brasileiros. Isso se deve a editoras que não podem, ou não querem oferecer suas obras fora dos Estados Unidos, prática mais comum do que gostaríamos.
Não temos acesso à leitura dos mais de 7.000 blogs que os americanos tem, cujas novas postagens são atualizadas automaticamente para o Kindle.
As taxas para ganho de autores no Direct Publishing ainda são internacionais, ou seja, não se ganha 70% de cada eBook vendido, e sim 35%.
O Kindle usa um formato próprio, e com DRM, então os eBooks comprados da Amazon não são compatíveis com nenhum outro aparelho eReader. Entretanto, há aplicativos para do Kindle para quase qualquer plataforma como Windows, Mac, Android, iOS, BlackBerry, etc.
Ainda que disponíveis no iPhone e em outros celulares de última geração num futuro próximo, você não pode converter seus arquivos para nenhum outro formato, e a Amazon não dá nem sinal de suporte ao padrão internacional e livre, o ePub.
O texto acabou me deixando com uma dúvida. Essa taxa de download é cobrada quando baixamos um livro por wi-fi no Kindle? Ou somente quando usamos o 3G?
Porque o download no computador é gratuito, né?
A taxa já é inserida no livro na hora da compra por aqui, não importa em qual plataforma você esteja. Mesmo que você compre do seu PC, vai perceber que a versão internacional do livro é US$2 mais cara do que a vendida nos EUA.
Cheio de pegadinhas o kindle, não? não me agrada esse excesso de taxas e regras, no entanto eles fazem um baita sucesso. Talvez o errado seja eu! 🙂
Eles são uma opção de mercado. Existem outros, e escolhemos aqueles que nos fazem melhor. Como eles foram os primeiros a ter serviços internacionais decentes (e talvez ainda sejam os únicos), acabamos ficando à mercê deles…
Não entendi a parte: “Não teremos acesso à leitura dos mais de 7.000 blogs que os americanos tem, cujas novas postagens são atualizadas automaticamente para o Kindle.”
Tendo internet, não temos automaticamente acesso à blogs?
Larissa, a Amazon dá o direito a uma espécie de “assinatura de blogs”, como se fosse a do jornal, só que de blogs. A esse serviço não temos acesso.
O Kindle DX não está descontinuado:
Kindle DX na Amazon
Só não saiu um modelo novo agora.
Adolfo, ele será descontinuado em alguns dias, e por isso já nem o colocamos na matéria.
É bem possível mesmo, pois é baseado na versão 2 do Kindle. E já estamos na 4.
se o dx for descontinuado, qual será a opção para quem precisa de uma tela maior?
Creio que um tablet, infelizmente.
Uma dúvida: é possível passar livros baixados do computador para o Kindle?
Com certeza! Basta ter o aplicativo do Kindle em seu computador e conectar o aparelho a ele pelo cabo USB.
Stella pode me tirar umas dúvidas? O Kindle lê .doc e .pdf perfeitamente? E em caso de epubs tem algum programa que converte pro kindle? Obrigado.
Oi Adolfo. Para ler .doc, .pdf e .epub no Kindle, vai ser necessário converter antes no Calibre, ou converter através do próprio sistema da Amazon (aquele em que você envia um arquivo para a sua biblioteca, através do email deles). Abraço, Eduardo
Prezados, o post é antigo mas gostaria de comentar a questão dos preços. No Brasil, o ebook não é considerado pela legislação livro, mas software então paga tributo, acredito que esse seja o motivo dos US$ 1.99 a mais em cada livro. A outra questão é do preço do Kindle em si. Em alguns Estados, como o Paraná, ainda há a incidência de ICMS, portanto, dependendo do Estado de destino do aparelho, incidirá 100% de tributos (IPI + ICMS) e não os 60% da matéria.
Gde Stella! Como não tenho nenhum amigo que more ou vá para o exterior, onde de fato posso comprar o Kindle no Brasil? Ab!
Por enquanto, a única forma de comprar o Kindle no Brasil é pelo site da Amazon, mesmo. Ele não é vendido em nenhuma loja no Brasil. Quem vende o Kindle em esquemas de compra coletiva, faz isso de forma independente e esporádica. Abraço, Eduardo
A garantia do Kindle é internacional como a do IPhone? Caso o Kindle comprado fora do Brasil apresente defeito a Amazon sevresponsabiliza?