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Evento do Google Books em São Paulo Trouxe Muitas Dúvidas


Não pudemos acompanhar o evento do Google Books em São Paulo hoje, mas trazemos aqui um apanhado do que está sendo falado por aí, para mostrar que muitas dúvidas chegaram, bem como a fome da gigante da internet pelo produto brasileiro.

Confira a cobertura do Twitter @REDEMIS, a conta do Museu da Imagem e do Som de São Paulo:

Não é exatamente um arquivo armazenado no aparelho, mas uma “licença”. O arquivo está na nuvem.

É o cadastro unificado Google (Gmail, por ex.). Inclusive os dados bancários (conta na loja G ebooks). Permite acesso de qualquer aparelho.

600 varejistas parceiros no mundo. No Brasil ainda não é uma realidade. Google como distribuidor.

Plataforma Android cresce agressivamente, tanto no mundo como no Brasil. Totalmente integrado ao Google eBooks.

O sistema de busca permite localizar uma informação procurada dentro de uma página de livro. Daí a importância das parcerias com as editoras.

O arquivo convertido pela Google para ePub é da Google, não é devolvido à editora. Por outro lado, a conversão não é cobrada.

Google ebooks também trabalha com DRM (Nook) e iOS.

Google ebooks também possui estrutura de leitura na nuvem offline.

Muito em breve, as editoras serão procuradas para os contratos de parceira.

Já estamos no final da conferência. Existe preocupação da Google com as livrarias (e-commerce). Querem parcerias e fornecimento de tecnologia

Repasso também trechos da matéria publicada no PublishNews:

Num evento que reuniu cerca de 150 pessoas, o Google apresentou seus serviços em linhas gerais e respondeu perguntas dos participantes. Mas manteve-se calado, pelo menos publicamente, sobre os detalhes do modelo de negócios e de remuneração. “Todas essas informações serão discutidas individualmente, caso a caso” repetiu algumas vezes Newton Neto, responsável no Brasil por desenvolver as parcerias no mercado de livros. Já se sabe, porém, que o padrão usado pelo Google, pelo menos nos Estados Unidos, chega a garantir até 65% do valor das transações à empresa americana.

Em resumo, o Google apresentou suas principais ferramentas e citou vários números para convencer os participantes de que o crescimento do mercado de e-books é um caminho sem volta. De acordo com Tom Turvey, diretor de parcerias estratégicas para serviços de busca do Google, as receitas de editoras americanas com livros digitais, que eram de apenas 0,5% e 6,2% em 2010, já chegam a 23% em 2011. “A migração é inevitável. Vocês podem lutar contra ou investir para fazer parte. É o que falamos no Google: você pode ficar na frente do ônibus ou subir nele.”

O Google Books é um serviço de busca para livros, em que o internauta digita um termo e encontra as obras que têm ligação relevante com a palavra. A ferramenta permite a compra do exemplar do livro físico redirecionando o usuário para o site de um varejista parceiro. No mundo, o serviço está disponível em cem países e tem 40 mil editoras participantes com dois milhões de livros cadastrados. No Brasil, são 200 editoras e 30 mil livros no total.

Mas o Google Books também passará a incluir e-books, e esse é o grande interesse da companhia e de onde virá a maior parte de suas receitas no negócio de livros. A aba “e-books” ainda não está disponível no Brasil, mas à medida que as parcerias forem fechadas ela será criada.

No esquema do Google eBooks, as editoras deverão entregar os arquivos dos seus livros digitalizados – em PDF ou ePub – ou então entregarão os livros físicos ao Google, que vai digitalizá-los gratuitamente “de forma mais rápida e com mais qualidade do que qualquer outra empresa”, afirma Chris Palma, responsável pelo desenvolvimento de parceiros estratégicos do Google. Os livros digitalizados ficarão na nuvem do Google, ou seja, não haverá “download” de arquivos, e sim acesso a eles.

Uma vantagem? A editora pode passar a ter seu acervo digitalizado sem custo nenhum. Uma desvantagem? O arquivo digitalizado não é entregue à editora e fica exclusivamente na nuvem do Google.

É a editora quem decidirá, ao se juntar à empresa americana, em quais territórios os e-books podem ser vendidos, os aparelhos em que podem ser acessados e quanto do livro pode ser “copiado e colado” ou impresso.

O Google não terá apenas editoras como parcerias, mas também livrarias, que poderão passar a utilizar a ferramenta do Google para fazer a venda de e-books. Vale para os varejistas que ainda não tem uma plataforma de venda do produto, e também para quem já tem. “Uma das vantagens da plataforma do Google é que ela tem recursos tecnológicos que a nossa não oferece”, afirmou Mauro Widman, responsável pela área de e-books da Livraria Cultura, ao PublishNews.

Então, para quem acha que a Amazon é um perigo, tire suas próprias conclusões a respeito desses relatos. Eles estão lutando para chegar a um grande mercado em potencial como o Brasil antes da Amazon, e estão chegando com o mesmo “sangue nos olhos” que a gigante do comércio eletrônico.

Eles vão facilitar a vida das editoras? Com certeza. Vão aumentar a visualização dos produtos, facilitar a busca? Sim. Mas vão cobrar um preço alto por isso, e tenho certeza de que as grandes editoras brasileiras não vão ficar de fora, mesmo deixando 65% do preço de seus eBooks com a Google. Espero que isso não seja repassado ao consumidor.

 

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