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As eventuais consequências da compra da Saraiva pela Amazon

18/10/2012
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Um negócio desta magnitude traria consequências (algumas imediatas) ao mercado de livros, e também ao comércio online do Brasil. Fazendo um brainstorm, quais seriam as principais consequências? Aqui vão algumas possibilidades. Mande as suas ideias também:

  • A Amazon assumiria os 2 milhões de clientes ativos da Livraria Saraiva, mais de 100 livrarias e pontos de venda e 50% do mercado varejista de livros do país;
  • Infra-estrutura de logística para distribuição e entrega de produtos da Saraiva, muito eficiente e presente em todo o Brasil, imediatamente à disposição da Amazon;
  • Amazon poderia ter sob seu controle também o braço editorial da Saraiva, muito forte no setor educacional. Isso se encaixa perfeitamente na estratégia da Amazon nos EUA, de abrir editoras e selos editoriais para publicar livros diretamente, competindo também com as editoras.
  • As principais editoras do país começariam a comer nas mãos da Amazon. Seus eBooks ficariam à disposição para venda no Kindle;
  • eReaders Kindle à venda nas livrarias Saraiva, seguido de um aumento veloz na popularidade e no consumo de livros digitais;
  • Pequenas livrarias começariam a sentir os primeiros efeitos da eficiência dos serviços da Amazon, uma concorrência devastadora por onde quer que passe.
  • Possivelmente, preços e condições mais baixos em livros impressos e eBooks;
  • Depois de alguns meses/anos, a Saraiva ampliaria o leque de produtos oferecidos e o livro gradualmente deixaria de ser o negócio principal da empresa.
  • Empresas competidoras em outras áreas de comércio eletrônico sofreriam pressão dos seus acionistas/investidores para buscarem fusões com outros competidores menores, ou a venda para outras companhias estrangeiras.

Sorriso da Amazon em um gafanhoto

 

 

  1. Só não concordo com a informação de que o sistema de entregas da Saraiva seja bom. A Saraiva terceira a entrega. A transportadora não atualiza os dados, além de, descaradamente, lançar no sistema entregas que ainda não fez para “cumprir metas”. Se isso é “muito eficiente” tenho dó de vocês onde quer que vocês morem 🙂

    A título de comparação, a Cultura usa os Correios e o serviço é bem melhor. O problema da Cultura é que ela nunca faz promoções ou dá descontos, mas a logística em si esta muito à frente da Saraiva.

  2. Esse seria um cenário de pesadelo para editoras, livrarias e empresas de e-commerce.

    E seria ruim para os consumidores, pois praticamente exterminaria a concorrência no mercado editorial.

  3. “Perdas e ganhos / ganhos e perdas” sempre existirão. Ninguém só ganha ou só perde. Portanto, quando a gigante começar as atividades por aqui, que dizem ser em novembro agora, com certeza haverá perdas e ganhos em muitos setores.
    Para os amantes da leitura em geral, por exemplo, será algo atípico.

    Será uma aposta de risco? Sim, será. Mas, calculado!

    Na questão dos serviços de entrega da Saraiva, eu nada tenho a reclamar. Comprei inúmeras vezes no site e sempre chegou na data e hora combinada. Nunca houve sequer qualquer contratempos.

    Se fecharem com a Amazon a venda da “livraria digital”, o que é pouco provável, pois hoje em dia as lojas físicas se projetam e se expandem cada vez mais na Web, se ainda assim fecharem com eles, novos horizontes se abrirão e os existentes avançarão.

    “Tamos de olhos”!

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