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Gadgets Chineses: Nem Tão Ruins Assim

17/01/2012
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Na revista Superinteressante desse mês há uma matéria produzida pelo repórter Bruno Garattoni que fala sobre gadgets chineses. Ele experimentou comprar um tablet sem marca, a preço muito convidativo, para ver no que dava sua pesquisa. De acordo com o texto, o aparelho em questão não durou mais do que alguns dias.

Isso fora a qualidade dos serviços – enquanto eles funcionavam: tela que precisava ser afundada para funcionar, Android colocado no aparelho de qualquer jeito, aplicativos que não funcionavam, entre outros.

Os gadgets “chineses” (e digo com aspas porque nem sempre vêm da China) invadiram o Brasil desde os tempos do celular. A qualidade não era diferente, e alguns aparelhos não passavam de um mês. Isso sem contar que não possuem certificação da Anatel e podem trazer problemas à saúde.

Entretanto, eles também trazem boas coisas. É graças a esses aparelhos de custo baixo que uma boa parte da população consegue ter acesso à tecnologia. Não temos esses números infelizmente, mas quantas pessoas devem ler livros digitais em seus tablets “xing-ling”? É um produto quase descartável, mas não podemos dizer que são inúteis e ruins apenas pelo nosso ponto de vista. Muitos dos que leem esse post podem se dar ao luxo de gastar dois salários mínimos inteiros em um iPad, mas também querem aproveitar as maravilhas tech.

Por isso, apesar de todos os pesares, de não pagarem imposto, de não funcionarem como um tablet decente, os gadgets fabricados na China têm sim o seu valor, só que social, quase de inclusão. E, se pensarmos direito, muitos produtos vendidos oficialmente no Brasil também são chineses, apenas levam a marca da empresa daqui. Esse é o caso do eReader Alfa, da Positivo.

Assim, vamos com calma. Enquanto não dá para fazer nada (ou realmente não fazem nada) sobre o assunto dos elevados preços dos gadgets vendidos por aqui, vamos tentar engolir um pouco os produtos de menor qualidade e esperar. Isso não significa aceitar, não significa comemorar ou amar, significa apenas compreender o papel desses produtos por aqui, enquanto ainda não há outra solução. E não se esqueçam: lutem por essa tal solução.

 

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