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B&N irá expandir para 10 países e revisa estratégia

05/08/2013
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A rede Barnes & Noble anunciou em seu relatório anual enviado à Securities and Exchange Comission (SEC) que irá expandir sua ebookstore para 10 novos mercados. Não ficou explícito quais seriam os países que receberiam o concorrente da Amazon. A expansão havia sido anunciada anteriormente para o mês de junho. A previsão agora é para o final de 2013.

Expansão internacional. A companhia vende conteúdo digital diretamente no Reino Unido através dos dispositivos Nook e do site Nook.com.uk. A companhia planeja continuar a expandir em outros mercados internacionais e acredita que a parceria com a Microsoft irá ajudar a nutrir essa expansão. Sob acordos com a Microsoft, a companhia previamente divulgou que esperava estar em 10 novos mercados até 30 de junho de 2013. Enquanto progressos substanciais têm sido feitos no sentido de conhecer as exigências dos alvos da expansão, a companhia agora espera chegar a esses 10 mercados até o final de 2013.

Esperava-se que a Alemanha, Rússia e Holanda estivessem entre os mercados alvejados, na época. O Brasil não aparecia na relação, e não é esperado que a companhia faça alguma jogada em terras tupiniquins, ao menos por enquanto. Segundo Nate Hoffelder, do The Digital Reader, é possível que as ebookstores oriundas dessa expansão venham com a marca da Microsoft, ou mesmo como parte da Windows Store. Já se sabe que a parceria entre as duas é inextricável e estratégica para ambas.

Sobre o setor Nook — que ainda tem 78% de suas ações controladas pela B&N –, a empresa disse que tem acordos com fabricantes terceirizados para reunir e montar partes fornecidas por terceiros, porém conforme especificações previamente designadas. Outro destaque é que a companhia está negociando compromissos de compra com alguns varejistas, o que deve render algo em torno de US$ 55 milhões.

Desde que começou a investir no mercado de conteúdo digital e eReaders, a jogada mais radical da Barnes&Noble foi expandir para o Reino Unido, em 4 anos. A Amazon começou a pulverizar a Kindle Store em apenas 2, e a Kobo o fez desde o dia do seu lançamento. A expansão do consumo de conteúdo digital é a única esperança da B&N reverter as graves perdas do setor Nook e se tornar uma companhia que gera lucro com eBooks. Embora a internacionalização seja conservadora demais, essa ainda é a aposta da B&N.

Enquanto a companhia experimentou vendas desapontadoras dos dispositivos Nooks nas temporadas festivas, a estratégua digital é oferecer aos clientes qualquer livro digital ou revista, a qualquer hora, em qualquer dispositivo. A companhai continua comprometida em ter uma livraria digital de ponta.

Isso sugere que a venda de conteúdo multiplataforma — desvinculada do Nook — é uma estratégia. O hardware ainda está nos planos da empresa, mas não da mesma maneira como estava sendo feito.

Em termos de estratégia para dispositivos, a companhia pretende reduzir a estrutura de custo. Além disso, os planos de negócios estã osendo ajustados para reduzir o investimento com produção, montagem e manufatura dos tablets Nook e explorar essas funções através de terceirização ou co-produção […] A Nook espera continuar a inovar e desenhar eReaders dedicados de primeira classe.

Ainda não há data para o lançamento de novos aparelhos de leitura da marca, porém tudo indica que isso ocorrerá até o final do ano ou início do próximo.

A Barnes&Noble começou entrou no mercado para competir com a Amazon há pouco mais de 4 anos. Os primeiros resultados foram animadores, mas entre 2011 e 2012, as vendas começaram a declinar — nem os trimestres festivos do hemisfério norte, período mais aquecido para o comércio, traziam boas novas. Recentemente, a empresa havia anunciado que iria abandonar a produção de tablets e deixar a produção do hardware para terceiros, o que foi confirmado no relatório à SEC.

 

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