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Kobo no Brasil – Meus Dois Centavos

14/11/2011
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Dando os meus dois centavos na história, quero os eReaders deles sendo vendidos por aqui. Um produto de qualidade e preço baixo é o que falta em nosso mercado, pois não vale a pena pagar entre 500 a 800 reais pelo que temos hoje, e é por isso que o mercado de eReaders aqui mal começou e já está morrendo. Temos bons produtos como os da iriver e o Positivo Alfa, mas são muito caros.

Para a popularização dos eReaders – que eu defendo muito – infelizmente é preciso uma grande empresa por trás. Já li diversas matérias dizendo que é necessário o meio de leitura estar desenvolvido, e empresas menores não conseguem isso. Simplesmente é caro demais para uma pequena empresa bancar uma linha de eReaders.

E é por isso que aqui no Brasil isso ficou na mão das lojas, do varejo. Por não poderem vender conteúdo, carregam no preço do leitor. A Amazon, por vender conteúdo e aparelho, pode se dar ao luxo de vender seus gadgets a preços que outras não podem.

Se há uma adoção de 15% do mercado americano por eBooks, isso é graças à Amazon. Editoras independentes, pequenas, que estão fazendo MUITO sucesso lá fora, podem se diferenciar, oferecendo conteúdo alternativo, melhor curado e com mais qualidade do que as grandes, e por isso conseguem se sobressair. Mas essas editoras independentes e pequenas também só puderam se estabelecer por causa de grandes como a Amazon e a Kobo.

Aqui no Brasil, o negócio não deslancha porque não tem ninguém com dinheiro o suficiente para investir em leitores baratos, aliados à venda de conteúdo, ou então coragem de entrar de cabeça nesse mercado. A Kobo vai poder oferecer a oportunidade de popularização do livro digital, porque poderá vender mais barato.

É como os celulares. Poucos tinham acesso no começo, era caro, raro e difícil conseguir. Hoje, com a entrada de marcas aos montes, qualquer um pode ter celular. E se as vendas das grandes marcas tivessem caído, não estariam lançando novos aparelhos que nem cascata de água ainda esse ano.

Precisamos da popularização aqui. O brasileiro tem que ver vantagem, tem que saber que está barato e pode experimentar. Enquanto não for isso, será um mercado de nicho, que vai vender pouco. E assim empresas pequenas e de maior qualidade não conseguem deslanchar, porque não há o consumo dos produtos de menor qualidade.

Convido todos a exporem suas opiniões também. Esse é um assunto polêmico e importante, que merece ser discutido.

 

  1. Pelo menos no caso da Positivo, falta assistência técnica, sendo que a empresa não tem controle sobre o número de série dos aparelhos que vende.

    Há pelo menos uma empresa que parece já ter desistido dos e-readers, como foi o caso da Saraiva (www.saraiva.com.br). A empresa não vende mais Positivo Alfa ou outros e-reader com e-ink e se voltou para os tablets como leitores digitais.

  2. Compreo O Nook Color nos EUA, gostaria de saber se existe um jeito de desbloqueá-lo para usar no Brasil, pois a B&N não permite comprar com o cartão do Brasil e endereço do Brasil.
    Até agora não consegui usar o aparelho pois não encontrei nenhum programa para desbloqueá-lo ou qq livraria que tenha o aplicativo compatível com o aparelho.

    Podem me ajudar?

  3. As grandes só virão para o Brasil quando o mercado lá fora der uma saturada. Vale mais a pena pra eles fazer um esforço pra aumentar 1% das vendas lá do que abocanhar 5% do nosso mercado, pois esses 1% deles é muuito mais dinheiro.

    1. Olha, isso eu já não sei. Está todo mundo bem interessado no Brasil, ultimamente… aqui é um mercado bem inexplorado, e cheio de oportunidades. Ainda mais no didático…

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