Livro novo

Mais Editoras Brasileiras Investem em Short Stories

27/03/2012
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Está pegando mesmo no Brasil. Pelo menos duas grandes editoras, L&PM, e Cia. das Letras, já lançaram eBooks com short stories. Para o nosso país, cai como uma luva. Os leitores podem experimentar a compra e o uso de um livro digital pagando menos, e apreciam uma história curtinha, como pedem esses tempos de velocidade e dinamismo.

Uma notícia na Folha fala mais a respeito. Aqui no Brasil, além de tentar o formato no eBook, também aproveitam no livro impresso, algo que não se vê lá fora:

Referência no segmento de livros de bolso no país, a L&PM planejou originalmente lançar seus “de bolsinho” somente no formato digital. “Mas como o [livro] digital ainda não existe no Brasil, adaptamos a ideia. Seria uma pena desperdiçá-la com um formato que ainda não aconteceu”, afirma o editor Ivan Pinheiro Machado. O slogan publicitário da coleção 64 páginas, da editora gaúcha, não poderia ser mais direto: “Do tamanho do seu tempo. E do seu bolso”. Os títulos, como o nome diz, têm todos 64 páginas e são vendidos a R$ 5 em papel e R$ 3 em eBook.

Por enquanto, conta o editor, os livrinhos físicos vendem muito mais que os eBooks, “coisa de 20 por um”. “O cara está no ônibus e compra um micro eBook pelo celular, para ler durante a viagem”, ilustra Kim Doria, responsável pela área digital da Boitempo, editora que reduziu o preço de seus eBooks e estuda vender artigos isolados da revista “Margem Esquerda”.

A praticidade das plataformas móveis também é apontada como um trunfo por Fabio Uehara, que cuida dos projetos digitais da Penguin-Companhia das Letras. Em abril, a editora começa a vender, por R$ 7,50, eBooks da coleção Grandes Ideias, de ensaios consagrados.

Textos curtos são ainda o foco do projeto digital da editora Objetiva, em fase de implantação, coordenado pelo jornalista Arthur Dapieve. Ele conta que os eBooks terão em torno de 30 mil palavras, ou cerca de 50 páginas de um livro tradicional.

“Textos desse tamanho são curtos demais para serem publicados em livro e muito grandes para serem publicados em jornal. Há aí uma lacuna, que pretendemos preencher”, relata Dapieve.

Uma das pioneiras do modelo no país foi a editora 34, que, no fim do ano passado, vendeu, de modo experimental e em arquivo digital, contos separados de sua “Antologia do Conto Russo”, de R$0,99 a R$2,99.

“Temos de explorar as possibilidades do digital, fazer diferente do impresso. Seria impossível vender só um conto no papel”, diz o diretor editorial da 34, Paulo Malta.

Aprovo demais a ideia, e torço para que as short stories peguem com força aqui no Brasil, e sirvam de base para que cada vez mais leitores entrem no mundo digital.

 

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