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A matemática das vendas

04/02/2013
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Quando aparecem números de vendas. logo me ponho a calcular o que os números significam… semana passada fiz isso com os números de um eBook de poesias do Maria Quintana, e esta semana com as vendas da editora KBR – cujos números também foram divulgados pela coluna Painel das Letras, da Raquela Cozer, na Folha de SP.

“Assídua entre os mais vendidos da loja nacional da Amazon, com e-books a preços baixos e uma infinidade de promoções, a independente KBR vendeu, em menos de dois meses, 4.143 exemplares de seus 98 títulos, segundo a editora Noga Sklar. Os recordistas são “Paris para Principiantes”, de Paulo de Faria Pinho, com 653 e-books vendidos até quinta-feira, e “O Rabino e o Psicanalista”, de Rosane Chonchol, com 527. Já “Nelson Rodrigues por Ele Mesmo”, de Sonia Rodrigues, vendeu 120 cópias pela KBR. Filha de Nelson, Sonia disse à Folha em dezembro que das boas vendas do livro depende a vinda à tona de inéditos do autor.”

Boas vendas. Apoiadas em valores bastante baixos, facilitam a compra por impulso – hoje, por exemplo, O rabino e o pscianalista está à venda por R$ 1,79 na Amazon, enquanto Paris para principiantes sai por R$ 4,99. E a editora KBR, embora independente, está há alguns anos focada na Amazon, mais por dentro dos meandros da loja que a maioria das outras editoras. Somando a tudo isso, tem um público construído neste segmento.

Mas vamos aos cálculos. A nota informa que as vendas foram de 4.143 exemplares em “menos de dois meses”. Se fosse um mês e meio, a coluna diria isso. Como não disse, vamos presumir que o período tenha sido de sete semanas (49 dias).

São 98 títulos à venda da KBR, e sabemos que apenas 2 deles venderam, juntos, 1.180 exemplares, praticamente 24 livros por dia. Em quase 100 ebooks, ter 2 que vendem bem ainda é uma proeza respeitável.

Descontando os 2 títulos bestsellers, os demais 96 títulos venderam, juntos, 2.963 exemplares no mesmo período – ou 60 exemplares por dia. Individualmente, cada título vendeu cerca de 30 exemplares, quase 1 exemplar a cada dois dias. É um número modesto, mas está longe de ser ruim. Há muitos ebooks à venda, de editoras tradicionais, que ainda ficam distantes desta média. Se a promoção é interessante (no Facebook, na Amazon, onde for) e o livro também parece interessante, nada segura a venda – nem mesmo um visual amador no seu site, caso de tantas editoras.

Se você vende ebooks, seja editora ou autor, pegue os números da KBR e tome como um parâmetro. Quem não divulga, ou não faz um marketing dedicado a vender ebooks, certamente tem vendas abaixo destas da KBR. Quem divulga, promove, agita, vai ter um resultado no mínimo parecido ao da KBR. E se você divulga, e não consegue chegar perto disso, é o caso de rever a sua estratégia. Ou seus títulos…

Se você quiser conhecer em mais detalhes as minhas ideias sobre marketing para ebooks, irei falar sobre isso no curso Estratégias de Marketing para eBooks, que acontece em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, no mês de março/2013.

Fonte: Painel das Letras

 

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