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Nas Fronteiras do Livro Digital

21/02/2014
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Quem escreve sabe que no ato da criação temos como companhia o silêncio, o sonho, o devaneio.

Às vezes as palavras gritam dentro de nós, esperando para serem escritas. Debruçamo-nos sobre papéis ou telas brancas tentando decifrar aquilo que queremos dizer a nós mesmos ou alguém.

Isso às vezes nos cansa e esgota, mas também nos maravilha quando conseguimos produzir e finalizar algo que pode ser lido e entendido por alguém, mesmo um único leitor.

E isso quando vivemos num mundo em que as palavras tem fortes concorrentes, em fotos multiplicadas em milhões de dispositivos, em vídeos produzidos aos milhares, e distrações que nos perseguem e podem nos tirar o foco a qualquer momento.

Sem falar na intensa velocidade de tudo, de dias que parecem mais curtos, pessoas com menos tempo e nossas próprias agendas que nos pressionam e angustiam com tantos compromissos e tarefas.

De qualquer forma nunca se deu tanto valor às histórias, principalmente aquelas bem contadas.

Pois são elas, no meio de tanto turbilhão de barulho e torrente de informações que ainda nos conseguem parar, e fazer os olhos brilharem, o coração disparar, as lágrimas correrem, a saudade bater, e nos fazerem relaxar e até rir até de nossos medos, paranoias e obsessões.

Pois agora temos um novo recurso para valorizar mais as palavras e as narrativas. Os livros digitais estão falando e fazendo barulho, ganhando imagens em movimento.

Isso é bom, isso não prejudica a leitura. Isso expande o horizonte. Isso pode conquistar novos leitores. Por trás de todo estes efeitos continua intacto o valor da palavra.

Eu tive agora neste últimos meses a experiência de ver uma história antiga minha transformar-se num livro digital. Foi feito m formato epub3 que permite novos recursos como áudio, animação, narração e interatividade.

Não foi apenas um trabalho solitário pois envolveu uma equipe de produção. Foi trabalhoso, muita troca de ideias e diálogo com a equipe envolvida. Thiago Jamas, na trilha sonora, Silvio Vasconcelos na narração, José Fernando Tavares (da Simplíssimo), na parte de programação e animação.

Posso dizer como escritor, que fiquei surpreendido em ver como os recursos digitais podem dar nova vida a um livro.

Percebi que uma história é algo a mais do que escrevemos. Toda história tem alma.

Uma energia que cria e se recria, que de alguma forma se espalha e contagia. Seja lida, falada, contada, ou turbinada com recursos digitais, uma história sempre será uma história.

Que sempre achará de uma forma ou de outra, alguém para ler, reler, contar e recontar.

@robertotostes

Para quem quiser conferir a história que escrevi e virou livro digital:

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Para baixar uma amostra ou comprar, veja na loja da ApplePara comprar diretamente do iPad ou iPhone, entre no aplicativo iBooks – loja – e procure por Dô Minhoca ou Roberto Tostes.

 

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