OFFTOPIC: Brasileiro Cria Aplicativo em Português Para Pessoas com Dificuldades de Fala

Saiu na Folha de São Paulo, no começo deste mês, uma reportagem muito interessante sobre um aplicativo que pode ajudar bastante as pessoas que tenham algum tipo de comprometimento na fala em decorrência, por exemplo, de autismo, derrame ou paralisia cerebral.

Carlos Pereira, analista de sistemas, estava na sala de espera de uma clínica de fisioterapia nos EUA com sua filha (na época com 2 anos, hoje com 4) que sofre de paralisia cerebral, quando notou que um garotinho sentado ao seu lado – com paralisia cerebral mais severa do que a sua filha – estava se comunicando com seus pais através de um tablet, usando um aplicativo similar a uma prancha de papel comumente utilizada para comunicação alternativa, na qual aparecem imagens referentes ao que a pessoa deseja comunicar. Neste aplicativo, no entanto, uma voz eletrônica “falava” quando se tocava na imagem.

Quando sua filha, Clara, começou a demonstrar frustração por não conseguir se comunicar de forma mais plena com os pais, ele então se lembrou do que tinha visto nos EUA e ao se certificar de que não havia interesse das empresas em lançar o aplicativo em português, resolveu ele mesmo criar para a filha um dispositivo parecido, apesar de não ter nenhuma experiência prévia em desenvolver nada para tablets.

Ele contou com a ajuda de fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais para ajudar a incrementar o dispositivo, agora já nomeado “Livox”, palavra que para ele expressa a ideia de “liberdade em voz alta”. O aplicativo é totalmente em português, possui voz eletrônica e milhares de opções de imagens na biblioteca, mas deve ser ajustado de acordo com as necessidades motoras de cada um. “É um recurso médico, não uma brincadeira”, avisa Pereira.

Ao ver a alegria de sua filha com a nova maneira de se comunicar, ele resolveu generosamente disponibilizar o aplicativo de forma gratuita. Os interessados devem entrar em contato pelo Facebook ou mandar um email para contato@reamo.com.br . Um vídeo demonstrativo pode ser assistido pelo Youtube.

Fonte: Folha de São Paulo (só para assinantes)