por Silvio Vinhal
O professor e poeta Carlos Tenreiro apresenta assim o livro Amaro Amor:
Diz o poeta: “o que há é o que sempre há”. E o que há nos versos e parágrafos do poeta é o agridoce, sua poesia em seu sabor de existência, sabor de cada instante em seu alinhavo de palavras. Silvio, o poeta, bem sabe: o sabor da poesia está em tudo. Ele tem o dom do paladar: dá-nos com sua arte o gosto de cada cor, o aroma dos sentidos, a temperatura de seus cantares.
O real é, como ele mesmo diz, “um mito doce que se desmancha no palato, como um suspiro”. Assim é esse amaro amor, esse alimento que ele traz de si e nos oferece no milagre da multiplicação que a poesia faz. Com as mãos escultura o sentido de cada linha, pinta suas semibreves, eterniza os semitons, semeia silêncios, tece explosões.
Então, nós, leitores, navegamos em sua nau sem rumo, em seus nós e sumos, porque sua poesia não tem rumo petrificado: é entremeio, é entrelaço, é entreato, é esse doce amargo redemoinho de sentido e realidade que nos conduz para o mar da poesia, essa vida, nossa vida, oceano de tantos dias e imagens que nos arrasta e nos mostra que a vida são os nós desse grande “eu” mergulhado em sua grande nascente: a palavra.
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