por Mariana Lara Corgozinho, José Luiz Quadros de Magalhães, Ernane Salles da Costa Junior
A formação de pesquisadores e leitores autônomos, reflexivos e críticos
tem sido um dos desafios das faculdades de ciências sociais mediante o processo de
globalização e a massiva produção acadêmica e midiática que tende a distorcer o sentido dos
acontecimentos históricos e recentes. Mais que decodificar o que está presente nos textos das
leis ou nas doutrinas e dogmas do direito e das ciências sociais o processo de uma formação
acadêmica crítica pressupõe o acionamento dos conhecimentos de mundo pelo viés do
decolonialismo e desocultamento da história, visto que as soluções “modernas” se apresentam
incapazes de lograrem efetividade, sobretudo de perseguir ideais atrelados ao conceito de
justiça social. A processo histórico de ocultamento de sujeitos e da negação de direitos
culminam num cenário de descaso, abandono e de grande violência sistêmica. A presente
proposta concentra-se na pesquisa e produção acadêmica que explore o universo desses novos
sujeitos e dos novos direitos que deles decorrem, sob a perspectiva e experiência do novo
constitucionalismo latino-americano e das práticas que tem adotado como alternativas à
modernidade que carece de um esforço comum para estabelecer novas perspectivas críticas. No
sentido de explicitar as contradições inerentes ao cenário assimétrico da vida contemporânea e
conceber uma reflexão crítica de si mesmo, sempre aberta à revisão.
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