Este livro tem uma estrutura que se reparte em partes, dor e delícia andam de braços dados pelas cidades, praças e quintais, onde o filho da terra volta às origens, pensa na colheita do que plantou e no que agora semeia. Viaja pelo inconsciente coletivo da memória de um povo, fazendo homenagens e desvendando enigmas desde menino: “um jato desceu ao morro do Cruzeiro/e o levou para conhecer o céu”. Diobelso Teodoro, lança um olhar antropológico com as dicotomias e seu duplo interno versus externo, passeia entre a cultura do interior e a grande metrópole. O poeta dá Bandeira e apresenta a lúdica e singela relação de infância do atual prefeito de Amambai, Ednaldo Luis de Melo Bandeira (…) “Passarinhos abriam seus braços/e o ensinavam a rasgar o vento.” Faz loas ao presidente da ACAL, Rogério Fernandes Lemes e seus costumes poéticos: “Nos momentos de folga/de levar nos braços inquietos/o coração da Rua Rio Branco/para pegar sol logo cedo.”
Os temas mostram a grandeza do poeta Diobelso nas suas andanças; são poemas fortes em todos os casos e acasos. Vocês lerão aqui dentro – “Quando chego do hospital regional/um quintal comprido e cheio me espera/pra me limpar do cansaço.”
Eu apenas queria que os leitores aproveitassem as portas e janelas do quintal desta obra, que estão abertas para o alívio e viagem imaginária; para entender de que espaço o poeta fala com paixão.
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