Ontem li um Livro – artigo


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Ontem terminei de ler um livro. Nada de estranho e nada fora do normal. A única diferença é que se tratava de um eBook.

Já li muitos eBooks, e todo dia leio conteúdo digital, mas esta atividade está relacionada ao meu trabalho pois desde 1990 leio textos no computador: emails, blogs, texto em formato word, PDF e, ultimamente, muitos textos no formato ePub.

Minha experiência deste fim de semana porém foi levemente diferente. Depois de muito tempo, achei um bom livro de ficção e simplesmente me deu vontade de ler.

Comprei ele em livro digital de uma famosa loja brasileira online e coloquei ele em meu novo nook touch.

O nook, pra quem não conhece, é um aparelho com tecnologia eInk, um daqueles com tela “fosca” que não tem nada a ver com a tela do computador ou de uma tablet. É uma tela que não emite luz, que dá uma sensação de leitura muito próxima àquela do livro impresso em papel.

Bem, vou pular aqui a fase difícil e aventurosa de comprar o livro digital. Infelizmente, em todas as lojas brasileiras, comprar um eBook é uma experiência traumática que exige muita paciência. Mas eu estava bem disposto a enfrentar até mesmo o DRM!

Lógico, sei bem como funcionam estas geringonças, e sei como contornar os problemas, mas fiquei pensando na frustração do usuário que não tem familiaridade com estas tecnologias.

Comprei o eBook no formato ePub. Sou fã deste formato, não posso negar, e apesar de saber que na informática essa coisa de formato é muito efêmera e muda com facilidade – e portanto não dá pra idolatrar nenhum deles – acredito que este formato possa ser um bom modo de transmitir conteúdo digital.

Depois de ter passado ele para meu nook, ajustei as fontes no tamanho que mais me agradava! Adoro esta possibilidade e acho esta uma vantagem grande do eBook em comparação ao livro impresso.

Deixei a fonte padrão do aparelho, ignorando aquela que o editor tinha embutido. Afinal, quem é que realmente se importa com o tipo de fonte em um livro de ficção? Além disso, a fonte presente no nook era muito melhor e mais confortável.

Após estes preparativos, finalmente fiz o que realmente interessava: ler.

E li muito. Adorei o livro!

Consegui ler deitado na cama, pois o aparelho é leve, e com o auxílio de uma daquelas lâmpadas para leitura. Achei muito fácil mudar de página: era só “esfregar” o dedo na tela e o aparelho, sem hesitação, mostrava a “página” seguinte!

Depois de duas horas lendo, percebi algo interessante e que me fez pensar: estava mergulhado na história, no conteúdo e tinha me esquecido de que estava lendo em um aparelho eletrônico, e não no bom e velho papel! Percebi que a tecnologia do eReader me dava as mesmas sensações de conforto na leitura de um livro impresso e com muitas vantagens. É verdade, eu já tinha lido muitas vezes nesse tipo de aparelho, mas dessa vez foi diferente porque era por simples e puro prazer. Aquele prazer que somente a leitura de um bom livro pode proporcionar.

Estamos aqui no Revolução falando muito desse tal de eBook, formatos, mercado, proteção… mas o que realmente interessa é o bom conteúdo. E essa é uma missão da qual as editoras não podem se eximir, seja este conteúdo distribuído em papel, em eBook no formato ePub ou em algum futurístico formato 3D super avançado…

O livro digital veio pra ficar e pode ser muito gostoso ler um bom livro deste jeito.

Ontem li um Livro

 

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