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Os Dez Mandamentos da Autopublicação


Ninguém espere encontrar aqui um receituário de sucesso, fama e resultados financeiros invejáveis. Quem estiver procurando por isso, pode passar ao próximo tópico da pesquisa no seu buscador.

O que reuni aqui com misto de humor e inquietação é fruto das discussões que tenho tido sobre o tema da publicação independente com ênfase na autopublicação em formato digital. Uso ainda, como tempero, as experiências de leitura com as quais me deparo nesse universo.

Uma das mais propaladas maravilhas do eBook é o acesso à publicação, de maneira mais direta e, por consequência, menos seletiva, por parte dos escritores. Como tudo na vida, isso tem vantagens e alguns ônus, mas já escrevi sobre tema em outros artigos, então, sejamos diretos e um tantinho sarcásticos. Que sirva, antes de qualquer coisa, para divertir. Depois, que sigamos refletindo. Aos mandamentos!

1. Não te atreverás a autodenominar-se escritor se não puderes fazer com a mesma ênfase a declaração de que és um leitor;

2. Não tomarás em conta, para a decisão de publicar ou não, apenas a opinião de teu cônjuge, pais ou filhos, ou ainda de teus subordinados diretos.

3. Não publicarás um eBook sem antes submeter o texto à revisão gramatical e ortográfica, pelo menos uma do próprio editor de texto!

4. Não entregarás teu livro para a edição em eBook para uma editora que demonstre descaso com a forma, que não se preocupe com as diferenças de apresentação do arquivo final em diferentes dispositivos de leitura (especialmente no caso de poesia).

5. Não acreditarás que o mundo tem o dever de conhecer e reverenciar tua obra, pelo simples fato dela ter sido disponibilizada e mencionada em suas redes sociais.

6. Não elogiarás outra obra de autor independente em vão, apenas para obter retribuições.

7. Não depreciarás a obra alheia no intuito de fazer parecer maior a sua própria.

8. Não copiarás!

9. Revisarás, muitas vezes e com muita autocrítica, cada parágrafo, cada figura de linguagem, o enredo e mesmo o título antes de dar sua obra como passível de edição.

10. Não desistirás diante de qualquer dificuldade que se lhe apresente e insistirás acreditando e usando toda criatividade disponível para fazer do eBook (o seu e os demais) uma realidade acessível e prazerosa par ao público leitor brasileiro (aplicável somente após a rigorosa atenção aos mandamentos anteriores).

*Observar estes mandamentos não assegura sucesso, tampouco visibilidade, mas é boa parte do imprescindível para que se tenha um eBook de qualidade no final das contas.

 

  1. Que seus inspiradores dez e-mandamentos sejam tão conhecidos e quiçá mais respeitados que os inscritos em pedra e divulgados por Moisés.

  2. Pingback: Paula Cajaty » Dicas (28.09.2011 a 14.10.2011)

  3. Se tais mandamentos “fossem” seguidos à risca por muitos autores (as) que já publicaram dezenas de livros, se estes tivessem escutado e seguido as instruções vindas da Alma quando escreviam, certamente metade dos livros não teriam sido impressos e/ou publicado.

    Pra mim um livro, se bem escrito e contendo algo “superior”, são instruções, ensinamentos e aprendizados que jamais brotam das mentes. Emergem do profundo de cada um.

    Quando o impulso vem à tona, emerge e ordena: “senta-te e escreve”, é para ser feito custe o que custar.

    Mas, frequentemente o que acontece é a mais (In) pura e simples extração de conteúdos reunidos na parte exterior da mente. Nada mais que isso.

    A mente julga e avalia que isso é bom, é valioso e que dará retorno.
    A pessoa senta e dana a escrever um monte de coisas pra lá de “estranhas e esquisitas”.
    Que, obviamente, agradam muitas e muitas mentes.

    É lógico que agradará: questão de Ressonância!

    1. Post
      Author

      Acho que quem escreve também o faz por vaidade, mas há que ter um freio para a tal… senso crítico é sempre matéria prima fundamental. risos

  4. Ah! sim, é verdade. Escreve-se por muitos motivos, sabemos. E até sem motivos, sem inspiração e também com e sem vaidade.
    Tem de tudo!

    Sempre acreditei que o livro é quem encontra o leitor, não o contrário.
    Questão de ressonância!

    Muitos procuram a esmo, às cegas. Agora com os eBooks, as capas ajudam muito.
    E ler um tiquinho do conteúdo tipo Amazon, ajuda muito.

    Por exemplo, teu livro eu comprei após ler um trecho no site da gigante. Questão sincronicidade! (Ah! claro, gostei da capa do livro).

    Existem livros que ao batermos os olhos temos uma reação instantânea, que nos impulsionam a manuseá-lo e talvez adquiri-lo.
    Outros nos fazem seguir adiante para que talvez sejamos “vistos pelo seguinte”.
    Será que muitos dos que fazem ‘autopublicação’ [e-Escritor (a)] se lembram disso?

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