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Escritores britânicos se articulam para escapar da dependência da Amazon

12/03/2013
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Se você é um escritor de obras gerais, pode vender seu livro por até US$ 9,99 diretamente na Amazon e receber 70% do lucro das vendas. Mas se o seu público é de nicho, e o preço do livro precisa subir para fazer valer o trabalho, a coisa pode complicar. Isso porque a companhia corta a remuneração pela metade, ou seja, para 35% do valor – uma dupla perda para o autor. No Brasil, onde a gigante do varejo estreou há poucos meses, esse problema é acompanhado de outro – para ter 70% do lucro das vendas, além do critério acima, também é necessário dar exclusividade à Amazon.

Na Inglaterra, o garrote da Amazon começou a pesar sobre o pescoço dos autores de nicho. Uma reportagem do The Telegraph mostra que os escritores-especialistas locais se movimentam para priorizar outras plataformas de vendas.

De acordo com a reportagem,

Cerca de 1,8 milhão de títulos à venda para o Kindle custam mais de US$ 9,99, mas não se sabe quantos desses são auto-publicados, para os quais o esquema de direitos autorais se aplica. Outros livros são vendidos por casas editoriais, que combinam a política de direitos diretamente com o escritor.

Pela lógica da economia de escala, quanto menor a projeção de vendas, maior tende a ser o preço unitário do livro. E não pense que livros digitais especializados (como os técnico-científicos) demandam menos esforços dos autores do que os físicos: o esforço intelectual, diversas etapas de revisão, preparação de texto, checagem das referências, nada disso muda – e representa um considerável acréscimo no valor final. Mas se vender acima de US$ 9,99, o repasse é cortado em 35%, uma política da Amazon para manter os preços baixos. A propósito, a companhia não se manifestou sobre o assunto.

A solução apontada pelos autores prejudicados e suas instituições representativas é: diversificação de canais. É melhor vender em outros lugares do que depender exclusivamente da Amazon. “Tentar ganhar a vida como um escritor já é suficientemente difícil sem um monstro multibilionário te rasgando ao meio”, disse, em entrevista ao The Telegraph, o analista Richar Granton.

No Brasil, a Apple domina as vendas com folga, sem impor condições draconianas a nenhuma empresa, ou autor – enquanto a Amazon tenta alcançar a rival.

 

  1. Vamos ser honestos e colocar todos os pontos…

    1 – Tanto Barnes & Noble quando Kobo tem programas semelhantes com estrutura semelhantes de faixas de preço e repasses para os escritores.

    2 – A Amazon é uma empresa, eles visam o lucro, assim como todas as outras. Se para eles, essa faixa de $2.99 à $9.99 é a mais lucrativa para a empresa, é óbvio que eles vão tentar manter os preços dos ebooks do KDP nessa faixa de preço, mas lembre-se, os escritores são LIVRES para escolheres se querem vender seus livros abaixo de $2.99 (também fora dos 70%), ou acima dos $9.99.

    3 – Quanto de royalties os autores recebem das editoras tradicionais? Nos EUA, o valor médio é de 15%… A malvada da Amazon paga 35%, e muitas vezes, os e-books das editoras convencionais saem por preços bem semelhantes do que os auto-publicados, dando uma margem de lucro maior para o coitado do escritor que resolveu, por vontade própria, ingressar no KDP.

    4 – Para autores que vendem muito, diversificar é uma saída mesmo. Para para outros, a entrada no KDP justifica compensa e muito a retirada dos livros dos outros serviços, mas nenhum autor fica preso eternamente a Amazon. Todos são livres para entrar e sair do programa. Entra quem quer, e quem entra não está entrando desavisado.

    A Amazon não é perfeita, mas também não é o vilão da história. Todas as outras companhias pensam primeiro em seus lucros antes de qualquer outra coisa, mas só a Amazon é a vilã. Por quê será?

  2. Bom, a Amazon já me conquistou. Nenhuma outra empresa, supera o seu atendimento. O número de títulos em português é muito superior. A Amazon não está monopolizando mercado como muitos dizem, mas dando ao consumidor a chance de escolher o que é melhor pra ela. E o consumidor escolheu. A questão do Ibooks ser superada é questão de tempo. Me desculpem, mas a Amazon, oferece sim, aparelhos melhores, serviços muuuuito melhores e preços mais atraentes. Nos outros produtos, eu posso enviar um documento pessoal por email, e sincronizar, entre tablet, celular e o Kindle? Posso converter meus pdf’s gratuitamente? Os clientes querem comodidade. E no final das contas, apenas ler.
    Marketing? Bom, o objetivo de toda empresa logicamente é o lucro, mas com foco no cliente, e a Amazon sabe fazer isso como ninguém.

    1. Prezado Rogério. Temos um filtro de inteligência artificial ultra-secreto que apaga todos os elogios e hip-hip-urras para a Amazon. Por alguma razão, nosso filtro anti-Amazon deixou passar os seus comentários. Iremos verificar nosso filtro e aperfeiçoá-lo, para que outros comentários laudatórios sejam eliminados automaticamente!

      (Todos os comentários são moderados, e são publicados somente após alguém ler e conferir. Nós não apagamos comentários só porque discordam dos textos ou das opiniões expressadas aqui. Geralmente, apagamos quando são trollagem, spam, auto-propaganda ou são ofensivos. Por isso, nos divertimos muito, quando alguém expressa a preocupação de ser censurado).

  3. Bom não foi minha intenção fazer trollagem e achei e não fiz hip-hip urras pra Amazon. Tenho sim essa percepção da empresa. Muito boa. Se aqui não se pode expressar opiniões…. Bom, pela sua resposta, vi que o site não tem credibilidade.

  4. Bom, Sr. Eduardo Melo. Vejo que você entende muito de marketing. Não estou cara a cara com você pra perceber tom de brincadeira e pela sua resposta me pareceu ofensiva. Se, com essa resposta, você tentou transparecer senso de humor, sinto muito, você foi infeliz. Veja bem, eu como cliente consumidor de noticias do seu site, é esse tipo de resposta que você tem para seus clientes?

  5. Xiii!! E agora, não poderei mais fazer a apologia do J. Bezos e a trollagem do Kobo???

  6. Pingback: Ascensão dos ebooks tira do mercado 98 editoras na Inglaterra - eBooknews

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