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Pesquisa Mostra Que Crianças Gostam de eBooks, Adolescentes Não


Essas já são afirmações bem utilizadas no mercado editorial, mas agora a Bowker traz uma confirmação por meio de uma pesquisa apresentada recentemente. Foram entrevistadas 2 mil pessoas, mil compostas por pais de crianças de 1 a 12 anos e outras mil com pais de jovens de 13 a 17 anos, no período de outubro a novembro.

Para os pais de crianças, a loja física continua sendo essencial, pois 85% dos livros ainda são comprados por impulso, e o pedido de uma criança por um livro responde por 52% dos motivos de compra.

Os pais estão compartilhando seus aparelhos eletrônicos com os filhos, e passam os modelos mais antigos para estes. Os números mostram que 27% das crianças pesquisadas possuem seu próprio computador, 25% um iPhone, 12% um iPod touch e 7% tem um eReader. “Lares em que se lê muito também são lares com bastante tecnologia”, afirma Kelly Gallagher, vice-presidente de serviços de publicação da Bowker.

Um problema a ser resolvido nesse mercado é o de que apenas 37% dos livros para crianças foram comprados novos, enquanto que 34% são repassados pelos pais, 17% são dados de presente e 9% é alugado em bibliotecas. Mais um item importante: dois terços dos pais querem que os livros sejam identificados por grau escolar ou nível de leitura, e isso é relevante em um eBook.

Dois terços dos pais preferem que seus filhos leiam no impresso, afirmando que o livro físico ajuda no foco da leitura e que as crianças preferem a sensação do papel. Mas crianças de 7 a 12 não se importam muito com isso: elas acham que eBooks são divertidos e legais, custam menos e as incentivam a ler mais.

Conclusão: É um mercado que promete grande expansão, mas é preciso convencer os pais de que o produto digital também vale a pena, não somente pelo preço, mas também por facilidades, acesso a informação e qualidade do conteúdo.

Com os jovens, fica tudo um pouco mais bagunçado. Apenas 8% preferem eBooks, enquanto que 26% informa não ter preferência e 66% consomem o impresso. Além de considerarem as telas para leitura (em celulares e eReaders) muito pequenas, jovens também acham que os eBooks são pouco sociais. Nessa idade, pessoas gostam de compartilhar e discutir assuntos com os amigos através de redes sociais, e além de eBooks não possibilitarem isso, também são muito restritivos no uso.

Mas não é preciso se desesperar: a pesquisa indicou que as próprias redes sociais são o local ideal para que editoras cheguem aos jovens, pois eles são mais propensos a terem descoberto um eBook que compraram pelas redes sociais do que qualquer outro grupo.

Conclusão: Os adolescentes são o grupo mais complicado na onda dos eBooks. Por mais tecnológicos que sejam, consideram o livro uma das poucas partes desconectadas de suas vidas, usam as capas para entrar em conversas e fazer amigos. Mas é justamente por meio da internet que eles podem ser encontrados. A presença da editora no Facebook, a organização de campanhas na internet, entre outras frentes a serem exploradas, podem ser a solução para conquistar os jovens.

Com informações do paidContent.

 

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