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Pirataria Sofre Novo Golpe: 3 Sites Fechados Após Ações da ABDR

19/05/2012
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A vida dos piratas já foi mais fácil. Pelo menos três conhecidos sites piratas saíram do ar nos últimos dias.

De acordo com o twitter do Livros de Humanas, o administrador do site soube da ação da ABDR no dia 17/05, que teria sido movida contra o pai do administrador, dono do cartão de crédito usado para manter o site. Não é a primeira vez que o Livros de Humanas é tirado do ar. Ano passado, quando era hospedado em um serviço de blogs, saiu do ar após ação judicial da Editora Sulina. Já naquela época, a ABDR enviava emails para os responsáveis pelo site, segundo a entrevista do administrador do site para O Globo em abril de 2011.

Outros dois conhecidos piratas, o CompletosBR e o Nodevac.com, também saíram do ar. O Revolução Ebook apurou algumas semanas atrás que o CompletosBR foi responsável pela publicação de um torrent com mais de 1.300 ebooks em português – a maioria deles, cópias digitalizadas de versões impressas. O site funcionava como uma espécie de clube, aceitando inscrições apenas de pessoas indicadas por quem já fosse membro do site, e arrecadando fundos mensalmente para custear a pirataria, prática que parece comum entre os piratas brasileiros. Além disso, o CompletosBR também oferecia a quem contribuísse acesso antecipado a novos arquivos copíados ilegalmente.

Apesar das iniciativas da ABDR, há sites que passam incólumes, como o epubr.com.br – que recentemente fez uma rifa entre seus simpatizantes. O site aceita doações via Pagseguro, PayPal, diretamente em contas bancárias (veja imagem ao fim do texto) e também arrecada fundos através de publicidade, notadamente do Google Adsense. Eles também lucram, indiretamente, com a pirataria do conteúdo alheio.

Muita gente argumenta que ações judiciais não impedem as trocas de arquivos. É um fato. E se observarmos bem, as ações judiciais, ao menos no Brasil, seguem esse raciocínio. A ABDR e as editoras não perdem tempo acionando usuários comuns, e tem feito a correta distinção entre pirataria e compartilhamento. Elas buscam dois grupos: os indivíduos que tentam lucrar com o trabalho alheio, arrecadando dinheiro das pessoas em troca de coisas que não lhes pertencem; e as pessoas que criam centrais organizadas de pirataria, distribuindo centenas ou milhares de arquivos simultaneamente. O consumidor comum, habituado a emprestar livros, a gravar filmes e emprestar aos amigos (muita gente já fazia isso, desde o tempo do VHS…), definitivamente não é o alvo.

De todo modo, estes sites realmente acabam voltando ao ar. Além do Livros de Humanas, outro “Lázaro” pirata é o site iOSBooks. Fechado após sofrer uma ação da ABDR em janeiro, agora o endereço redireciona seus visitantes para o endereço iOSfilmes.com. O novo site não oferece livros, apenas filmes e séries. Pelo visto, as editoras incomodam mais que as gravadoras e as distribuidoras de filmes.

 

  1. Eu acho lamentável que as editoras lancem poucos ebooks, cobrem preços extorsivos, chegando a superar o preço em papel, coloquem um DRM abusivo que te IMPEDEM de ler no Kindle e mesmo de ler em vários lugares diferentes, e ainda queiram se fazer de vitima! Eu me senti lesado quando comprei o eBook do Walking Dead na Saraiva e descobri que não poderia ler no meu Kindle!

    Comprei um livro legalizado e fui obrigado torna-lo ilegal (retirar o DRM e converter para MOBI) porque as editoras brasileiras estão pouco se lixando para os seus consumidores. E ainda querem alguma consideração? Me poupa né…

    Outro exemplo é o preço EXTORSIVO que a Agir esta cobrando nos eBooks do Sherlock Holmes. Eles querem mais de R$ 120 no eBook da obra completa, que diga-se de passagem é de domínio publico, ou seja, não precisam pagar direito autoral nenhum.

    O compartilhamento ilegal de arquivos só vai começar a diminuir quando as empresas aprenderem a serem justas com seus consumidores, enquanto elas não ligarem para eles, eles também não ligarão para elas.

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