Amazon no Brasil

Planos da Amazon para o Brasil Incluem Kindle e Forte Concorrência

24/03/2012
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A revista ISTO É Dinheiro publicou na última sexta-feira, 23/03, uma reportagem sobre a chegada da Amazon ao Brasil. A reportagem explica que o trunfo da Amazon para os livros digitais, claro, é trazer o Kindle a um preço bem barato. Também repete que a estreia da Amazon será no 2º semestre (que alguns dizem que será em 1º de setembro). O que esta reportagem traz de novo então? O que muitos ainda não sabiam, os termos oferecidos pela Amazon para as editoras e os planos de “resistência” das livrarias locais contra a invasão estrangeira. A Livraria Saraiva, maior varejista de livros do país, encabeça esse movimento.

CEOs de Amazon e Saraiva: é dos carecas que elas gostam mais. E um deles vencerá a luta para redefinir o mercado brasileiro de livros

Executivos do setor dizem que a Saraiva não esconde o seu descontentamento com as negociações de seus fornecedores com a Amazon. Um deles, que pediu para não ser identificado com medo de sofrer represália, tem aproximadamente 50% de seu faturamento advindo das vendas pela Saraiva e recusou contrato com a Amazon. “Eles ameaçaram colocar nossos livros nas prateleiras obscuras do fundo das lojas”, diz o executivo. “Seria um forte baque para o nosso negócio.” O CEO da Saraiva, Marcílio Pousada, nega que esteja fazendo esse tipo de pressão. “Jamais falaríamos isso”, afirma. “Temos 97 anos de relacionamento com as editoras.” Para Pousada, os “burburinhos” são normais com a chegada de um novo competidor ao mercado.

O modus-operandi pode ser criticado, mas se pondo no lugar da direção da Saraiva, que empresa não defenderia a sobrevivência dos seus negócios com unhas e dentes, diante de um competidor tão poderoso? A reportagem dá a entender que a Amazon também não está para brincadeira e vai lutar. Entre as opções, até mesmo uma ação contra a Saraiva no CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica, órgão de defesa da concorrência). Isso é um exagero, uma ação no CADE demoraria meses para ser julgada e iria colocar a Amazon numa discussão que se sabe onde começa, mas não onde termina. A outra hipótese da matéria é bem mais provável: a Amazon entrar “de sola” nas vendas de livros impressos. Porém, a própria Amazon não estaria facilitando as negociações locais. As condições oferecidas às editoras são outro fator emperrando as negociações:

As editoras também reclamam das cláusulas contratuais apresentadas pela empresa de Bezos. Algumas são consideradas draconianas: acesso a todo o catálogo da editora para a digitalização, compromisso de que todos os livros também serão lançados de forma digital, pedidos de exclusividade e comissões estratosféricas, na casa dos 50% do preço de capa“. As editoras brasileiras querem uma mordida menor, de 35%. Nas últimas versões do contrato, a Amazon reduziu a comissão. Além disso, os contratos entre livrarias e editoras, no Brasil, geralmente são de uma página. Os da Amazon chegam a ter mais de 20.

Outro detalhe fundamental é que os negócios da Amazon vão muito além dos livros, digitais ou umpressos. Atualmente ela vende, online, até pasta de dente. Após estabelecer o negócio com livros, irá disputar o mercado de outros itens de varejo com Ponto Frio, Casas Bahia e Extra, que formam atualmente um grupo único, e a B2W, dona de Submarino e Americanas e uma empresa perseguida pelo Procon, que enfrenta uma crise sistemática de logística e estagnação no faturamento.

Não é à toa que Jeff Bezos vai com sede ao pote… o potencial para a Amazon fazer sucesso no Brasil é gigantesco.

Leia a reportagem completa aqui: Os planos da Amazon para o Brasil – ISTOÉ Dinheiro.

 

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