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Por que um agente decide publicar eBooks de seus autores

03/07/2012
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Há muitas décadas já, o negócio envolvendo editoras, autores, livros e leitores é basicamente o mesmo. À parte suas especificidades, os modelos constituem na editora adquirir, editar e produzir o livro; as livrarias o venderem; os leitores o comprarem (e o lerem, na maioria das vezes); e os autores ficarem com os royalties. Por mais que as coisas mudem, a cadeia autor-agente-editora-livraria-consumidor fica praticamente inalterada.

Na opinião de Ed Victor, escrevendo para o The Telegraph, porém, isso só vale até poucos anos atrás. Isso porque em 2005 “tudo mudou, e está mudando desde então”. Basicamente, este modelo de negócio mudou, porque os consumidores passaram a comprar seus livros via internet, sejam eles físicos ou digitais – e isso alterou significativamente o modo como as coisas estavam por mais de um século.

O advento da Amazon.com, dos eBooks e dos eReaders fez com que toda esta cadeia se alterasse e, mais adiante, ferramentas de editoração de livros eletrônicos tornaram possível que qualquer autor editasse o próprio livro digital, quebrando a sequência, tirando o agente, a editora e, muitas vezes, até mesmo a livraria. Assim, nada mais natural que o mercado secular da edição de livros tentar se adaptar a estas mudanças.

Uma ideia de Ed Victor é o “renascimento” de livros antigos, não mais publicados pelas editoras e que tiveram seus direitos revertidos para seus autores. O que ele faz, então? Ele vai até as editoras que originalmente tinham os direitos e oferece novamente a elas. Caso elas queiram, ótimo, ele vende os direitos de seu cliente (o autor). Caso contrário, ele publica o livro por conta própria; digitalmente.

Hoje, a Bedford Square Books de Ed Victor já publicou 6 livros desta forma. Porém, o mais interessante é que a editora também já produziu 2 originais, isto é, livros publicados pela primeira vez no formato eBook.

A editora ainda possibilita a impressão dos livros, caso os leitores assim o queiram, mas ela está se especializando cada vez mais neste ramo, dando preferência por títulos como Dead Rich, de Louise Fennell, que fora rejeitado por 17 editoras antes de ser publicado digitalmente pela Bedford Square – com sucesso.

 

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