Quem diria. Livros que todo mundo já leu, já tem em formato físico e já viu os filmes no cinema ainda estão fazendo o maior sucesso. O site The Bookseller informou que apenas em seu primeiro mês de vida os eBooks da série Harry Potter venderam o equivalente a US$4,8 milhões. Além disso, o site com extras sobre os livros, o Pottermore experience, registrou a inscrição de cinco milhões de novos usuários.
Com o início das vendas em 27 de março Charlie Redmayne, chefe executiva do site, informou na época que em apenas três dias haviam vendido mais de US$1,5 milhões em eBooks. “Ao longo das duas últimas semanas vimos as vendas sossegarem, mas elas continuam muito significativas, e muito além do que nós inicialmente previmos.” Ele acrescentou que as vendas das cópias físicas dos sete títulos também aumentaram.
Uma das coisas interessantes sobre o Pottermore é o DRM. Ele não deixa de ser incluído, mas não é o DRM normal, que limita o uso do eBook a um certo número de dispositivos. No caso, é utilizado o Social DRM, que coloca informações sobre o usuário em cada livro digital comprado, deixando a leitura mais fácil e mais flexível. O uso dessa tecnologia diminuiu a pirataria, e até mesmo fez com que leitores combatessem os piratas.
Outro fato que chamou a atenção quando Pottermore foi oficialmente lançado: sites como Amazon e Barnes & Noble venderiam os títulos em seus sites, mas seriam utilizados apenas como uma janela para a compra, que só pode ser realizada no site dos livros. Pela primeira vez na história a Amazon cedeu, e a compra da série de eBooks de Harry Potter só pode ser realmente adquirida em pottermore.com.
Matteo Berlucchi do Futurebook compara o feito ao feitiço Riddikulus usado em um dos filmes da J. K. Rowling. Nele você transforma um monstro que se materializa como seu maior medo em algo bobo e engraçado. Teria Pottermore feito isso com a Amazon?
A importância desse feito vai além do que podemos enxergar. Aquele que detém a compra detém os dados do comprador e também o relacionamento com o cliente, duas preciosidades. Os ganhos das editoras vão muito além do dinheiro: