Tamanho
Não é hora de julgar flores
Numa terça-feira de carnaval um rapaz se dirige a um cemitério onde, no sábado anterior, foi sepultada sua amiga. Então ele conversa com a lápide e faz reflexões a respeito do que foi, do que não foi e daquilo que não mais será, sem descuidar da verdade que existe em horas assim, em que o enfrentamento maior não é com quem partiu, mas com aquele (ou aquilo) que restou. E em tal momento há certamente dor, mas há também cura (ou sua espera), e beleza – e também humor (e por que não haveria?). Não é hora de julgar flores é sobre o momento em que, por certo, nada mesmo pode ser julgado.