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A Catuaba que faltava para Amazon e Google


Depois que a Apple chegou ao Brasil em outubro, todos os holofotes se voltaram para a disputa pela segunda posição na linha de chegada. Amazon ou Google, Google ou Amazon?

Matéria publicada pela Folha de SP, no feriado da Proclamação da República, sentenciou que as duas companhias “iniciam venda de livro digital no país até o Natal”, “possivelmente antes do fim de novembro”. A Central de Boatos voltou à cena, após vir a público que a DLD finalmente teria fechado acordo com a Amazon. Aqui vai uma pequena colaboração para a Central de Boatos: a Amazon deve ter abrandado as condições para a DLD, após assistir a Apple chegar primeiro ao país e fazer a concorrência local comer poeira, em apenas três semanas

O início dos negócios da Apple com ebooks, no Brasil, foi a Catuaba que faltava para estimular de vez Amazon e Google. Na Apple, os ebooks estão vendendo bem. Bem demais, ainda segundo a Folha:

“Mesmo em dólar e com imposto, a Folha apurou que a iBookstore já vende mais livros digitais que os sites da Saraiva e Livraria Cultura somados”

Ninguém deveria ficar surpreso. A Folha apenas confirmou o que já desconfiávamos, em outubro: “por 6,38% a menos, é de se perguntar se vale a pena encarar as tremendas burocracias para comprar ebooks nas lojas das livrarias brasileiras”. Pelo visto, os consumidores nem se perguntaram isso, de tão lógica a resposta. Entre facilidade e complicação, é facilidade, na cabeça; entre ler um ebook imediatamente após a compra, ou penar para baixar e ler um livro, a esmagadora maioria marca a primeira opção. O consumidor quer comprar, sem burocracia, e ler, com a máxima rapidez e facilidade – mesmo que pague 6,38% a mais no cartão de crédito. Nesse contexto, Amazon e Google devem percebido a mancada que deram. Perdem de ganhar dinheiro todos os dias. O mercado vendia poucos ebooks, não porque faltava conteúdo, ou porque faltavam aparelhos… faltava simplesmente uma forma fácil e simples de se comprar ebooks.

O Google estaria correndo para lançar o tablet Nexus 7 (aquele lançado em junho), junto com sua loja Google Play. Segundo disse um participante do curso que ministrei na CBL, dia 12 de novembro, o Google estaria pensando em oferecer o Nexus 7 por R$ 399… possivelmente, apenas mais um boato furado. Mas, quem sabe? Se para desbancar as livrarias brasileiras, basta apresentar uma tecnologia que funcione, pode ser que valha a pena investir em aparelhos com preços subsidiados.

 

 

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