Livros na nuvem

Quem Realmente Acredita Nos eBooks?

09/02/2012
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Há tempos tenho apenas observado o que vem sendo discutido sobre o atual momento dos eBooks e me manifestado muito pouco. Coisas têm mudado, mas bem menos rapidamente do que seria desejável. Parece até que muitos estão somente esperando o que vai acontecer quando finalmente a Amazon abrir suas portas ‘.com.br’.

Vejo coisas interessantes como a iniciativa ainda tímida da Cultura de inserir sempre uma página sobre eBooks na sua revista impressa e ter disponibilizado aqueles folhetos (apenas três editoras parecem ter embarcado na ideia para divulgar seus títulos dessa forma) com a sinopse e, eventualmente um link para amostra, nas suas lojas físicas.

Mas, mais que isso, vejo proliferarem as ofertas para autores que sonham em alcançar o mundo todo e, quiçá, alcançarem o estrelato. A cada dia (não é exagero) surge uma nova editora (?) caçando autores e oferecendo o serviço de edição e publicação /  disponibilização para venda em todos os gigantes do mundo. Nenhuma indecência em oferecer este serviço que, sim, deve ser remunerado, e bem (se bem feito). Quando há uma avaliação do conteúdo, maravilha – seja análise crítica ou mesmo ortográfica e gramatical, mas isso já é bem menos comum e, se ofertado, é um opcional.

Qual o problema, então? Eu sinceramente acredito que muito poucas dessas iniciativas está realmente empenhada em alavancar o eBook no Brasil, ou mesmo os autores que os publicam. O crescimento de negócios nesse ramo, pelo menos no momento atual do mercado, parece que está desconsiderando muitos aspectos do cenário e se concentrando na oportunidade imediata de obter lucros com o serviço de produção de eBooks. Talvez haja muito pouco do necessário ceticismo em ambas as partes – esses novos empreendimentos e muitos autores.

Já falei algumas tantas vezes, por aqui mesmo ou em outros espaços, sobre os “poréns” da autopublicação, agora provoco novamente para que se pense em formas criativas e consistentes de fazer esse ramo de negócio somar pontos em termos de qualidade e conteúdo e não apenas concentrar-se em volume de títulos que terão cada vez menos chances de conquistar espaços efetivos.

 

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