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“Quero ir à Lua. E ao Brasil”, Afirma Jeff Bezos

26/03/2012
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O presidente da Amazon sonha em ir à Lua em viagens espaciais turísticas com sua empresa parceira da NASA, a Blue Origin. Ele também sonha em entrar no sedutor mercado Brasileiro, cujo setor de livros vendeu R$4,5 bilhões em 2010.

Em uma completíssima matéria da ISTOÉ Dinheiro, as explicações e os entraves da chegada da gigante de Seattle ao Brasil. De acordo com a matéria, um dos maiores obstáculos é a Saraiva, que estaria se utilizando de sua influência e poder no mercado para evitar contratos:

… não tem sido fácil a negociação com as editoras brasileiras. A meta de [Mauro] Widman era estrear o site da Amazon no Brasil em abril deste ano, com acordos assinados com 100 editoras. Até agora, fechou com apenas 10 selos – sendo apenas um deles de uma grande editora. O entrave para a rápida entrada responde pelo nome de Livraria Saraiva. Segundo fontes ouvidas pela DINHEIRO, a empresa, dona da maior rede de livrarias do País, com 102 pontos de venda, estaria usando seu poder de barganha junto às editoras locais para dificultar a chegada da americana.

Justo? Não é, mas as livrarias brasileiras estão muito de olho na situação das livrarias americanas, que estão enfrentando problemas com a fome da empresa de Bezos. O CEO da Saraiva, Marcílio Pousada, nega que esteja fazendo esse tipo de pressão. “Jamais falaríamos isso”, afirma.

Se for esse o caso, Bezos com certeza não deixará a história barata, ainda mais se está mesmo com toda essa vontade de aportar por aqui. Uma das ideias é entrar com uma ação contra a Saraiva no Cade, órgão de defesa da concorrência.

Mas, talvez não precise haver tanto esforço por parte da Saraiva. A matéria informa que as editoras brasileiras não estão muito satisfeitas com as cláusulas dos enormes contratos propostos pela Amazon:

Algumas são consideradas draconianas: acesso a todo o catálogo da editora para a digitalização, compromisso de que todos os livros também serão lançados de forma digital, pedidos de exclusividade e comissões estratosféricas, na casa dos 50% do preço de capa. O mercado brasileiro está acostumado com um percentual de 35%. Nas últimas versões do contrato, a Amazon reduziu a comissão. Além disso, os contratos entre livrarias e editoras, no Brasil, geralmente são de uma página. Os da Amazon chegam a ter mais de 20, um calhamaço para estes tempos de Twitter.

 

  1. Resolvi apostar no Kindle, em abril um colega vai trazer um pra mim. Espero que a Amazon seja mais razoável e feche os contratos. Pedir 50% de comissão é olho demais, por mais que eles consigam vender bem os e-books. Mas o que seria ótimo com certeza é que todos os livros fossem digitalizados, já que isso seria um trunfo contra a pirataria de quem pega o livro e digitaliza em casa mesmo.

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