Selo Editorial Gérson – leve mais vantagem você também

Tem gente que gosta de levar vantagem em tudo, certo? E um pouco de risos faz bem para a saúde. Por isso, a partir de hoje, o Revolução eBook irá homenagear com o Selo Editorial Gérson, fatos e notícias que mostrem a Lei de Gérson sendo cumprida, quando alguém ou alguma empresa agir para obter vantagem, no sentido negativo, sem se importar com questões éticas ou morais.

Edição brasileira da biografia de Lincoln

A primeira agraciada com o Selo Editorial Gérson é a edição brasileira da biografia do presidente americano Abraham Lincoln, que será lançada no Brasil nesta sexta-feira, 25/01, pela editora Record. A data de lançamento coincide com a estreia do filme Lincoln nos cinemas. Steven Spielberg, diretor do filme, adquiriu os direitos da biografia alguns anos atrás.

Nos Estados Unidos, a biografia é um livrão com 944 páginas. Uma delícia para quem gosta do gênero biografia. Porém… a edição brasileira tem apenas 320 páginas. Perdeu praticamente 2/3 do conteúdo. E adivinhe quais partes foram cortadas? Justamente aquelas nas quais o filme mais se inspirou. A melhor parte: a Record colocou, na capa, o ator que interpreta Lincoln no filme. E o aviso “Livro que baseou o filme de Steven Spielberg” embaixo. Questionada sobre isso pela Folha de SP, a editora Record afirmou que “o leitor brasileiro não teria interesse em uma biografia tão extensa sobre um ex-presidente de outro país” e que, de todo modo, “o livro ajuda a contextualizar a história”.

Se o conteúdo é só 1/3 do original, será que o leitor brasileiro poderá comprar o livro por 1/3 do valor original nos EUA? Estamos rindo junto com você, leitor!

A edição brasileira da biografia de Lincoln recebe, portanto, o Selo Editorial Gérson, pela aplicação rigorosa e impecável da lei. Irá vender uma versão resumida do livro no qual se baseia o filme, sem os trechos nos quais o filme se baseou, e ainda afirmando exatamente o contrário na capa – o filme fez um recorte do livro integral, não do resumo, afinal de contas. E a editora ainda chamou o leitor brasileiro de preguiçoso.