7 dicas para precificação de eBooks

14/07/2014
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Colocar preço em eBooks ainda é um desafio para editoras e varejistas – até o modelo de vendas às vezes é complicado. Como o custo material é baixo, ou seja, basicamente o que conta é o trabalho do profissional, o preço tende a cair. Mas há até pouco tempo, o livro digital no Brasil sequer se pagava, ou seja só rendia prejuízo.

Mas com a evolução do mercado de conteúdo digital, as coisas tendem a melhorar. Beth Bacon, do site Digital Book World publicou um artico com 7 dicas para o estabelecimento de preços dos eBooks. Algumas dicas são bem controversas, mas outras fazem bastante sentido. Obviamente, nem todas se aplicam a qualquer situação, ou até mesmo ao mercado brasileiro, cabendo ao editor escolher a melhor estratégia de preços para seus eBooks. Confira abaixo.

1. Cobre mais pela conveniência
Sem dúvida, o digital é mais prático do que o físico em vários aspectos, como acesso imediato, localização mais rápida das informações, portabilidade, etc. Mas essa praticidade pode ter um preço? O DBW garante que sim, os consumidores estão dispostos a pagar mais pela conveniência. Mas é bom lembrar que no Brasil, descontos e preços baixos geralmente têm a primazia na vontade dos clientes – que, afinal, já pagaram caro para adquirir um tablet ou eReader.

2. Cobre mais por autores melhores
Assim como uma marca de carro pode fazer a diferença nos preços de veículos da mesma categoria, os eBooks também poderiam adotar essa estratégia. Melhores autores – leia-se best-sellers famosos – poderiam custar mais. No caso dos livros físicos, normalmente é o material que se sobrepõe à marca (papel, textura, capa com laminação, alto relevo, etc.). Como os eBooks são, em geral, semelhantes, a marca do autor poderia ser mais valorizada no preço final.

3. Cobre mais por autores que demoram a escrever
Existem escritores extremamente produtivos, que escrevem dois livros por ano, e aqueles que passam cinco anos até concluir um livro. Um exemplo é George R. R. Martin, que começou a escrever a saga “As Crônicas de Gelo e Fogo” em meados da década de 90, e só deve concluir os dois títulos restantes até 2018. Esses autores também poderiam escrever livros mais caros.

4. Use o grátis para ganhar mercado
Essa é a palavra mágica: “gratuito”. Tudo o que é 0800 prende a atenção dos consumidores, não importa qual o produto que está sendo vendido. Atualmente, os escritores também estão optando pela estratégia do “grátis” para conquistar novos leitores e, futuramente, vender para uma base grande e consolidada. Embora alguns apontem que essa estratégia desvalorize o autor, há quem pense o contrário: o sucesso no mercado editorial vai depender da fatia de leitores que um livro pode conquistar. E a gratuidade faz a diferença na balança.

5. Baixe os preços dos antigos e aumente dos novos
Early-adopters não olham tanto para o preço dos eBooks quanto consumidores mais conservadores. É possível explorar esse comportamento precificando livros novos por um preço mais elevado do que um título que já está no mercado há algum tempo. No entanto, um Machado de Assis pode vender mais do que muitos autores contemporâneos.

6. Fixe o preço do eBook de acordo com outros formatos
É um pensamento contrário à lógica dos eBooks. Mas os editores podem perder dinheiro se fixarem o preço do livro digital com um preço muito inferior ao físico, calculando apenas o seu custo de produção. “Ebooks não devem ter um preço mais baixo apenas porque não são feitos de papel, e teoricamente custam menos para serem produzidos. Mas olhe para os audiobooks. A maioria custa mais do que versões em brochura ou capa dura do mesmo título”, afirma Beth Bacon.

7. Deixe que os leitores decidam
Os leitores são, contraditoriamente, meio esquecidos pelo mercado de eBooks. O empoderamento desse personagem essencial da cadeia produtiva pode fazer maravilhas pelos lucros. E não é só “ouvir” os leitores, mas deixá-los participar ativamente do processo de decisão do preço do livro – em suma, perguntar quanto ele quer pagar. É uma estratégia ousada, mas no mundo da música, a banda Coldplay teve sucesso ao deixar cada consumidor pagar o quanto quisesse por um álbum.

 

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  1. Oi, Eduardo, no caso das editoras brasileiras, como a Editora Biancovilli, nem sempre o acesso ao público leitor é possível, uma vez que a Apple não nos passa os e-mails dos clientes que compraram nossos apps, só vemos os números e os países (que agora são vários, depois da Semana do Livro Digital), então, só temos a Google Play que nos dá os e-mails de quem comprou, a Saraiva também não nos repassa essa informação… Então temos somente as pessoas que curtem nossas FanPages, mas não é nosso público total. Mas vou levar estas dicas em consideração, obrigada!

  2. Ola’! Eu acredito que tenha ideias boas para criar um eBook e estou comecando a pesquisar a respeito para saber todos os passos para tal… Tenho duas perguntas: preciso de editora? Preciso patentear o livro? Obrigada!

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