Ao longo dos últimos meses são crescentes os rumores sobre o e-book, apresentado como uma nova fronteira para o mercado editorial. Mas o que realmente significa, para uma editora, produzir e-books? Como faço para criar um livro eletrônico? E uma vez criado, como pode ser vendido? Com que preço? Quais as precauções que posso tomar para protegê-lo? Afinal de contas, é um bom investimento?
Para responder a essas e muitas outras perguntas, a Simplíssimo, em colaboração com a Simplicissimus Book Farm, preparou este documento, para ajudar você a compreender os principais fatores de um mercado nascente e muito promissor.
Desde 2006, a Simplicissimus Book Farm (SBF) trouxe para a Itália o leitor de ebooks, nascido em dispositivos inovadores para ler documentos digitais, com o mesmo conforto do papel. Ao longo do tempo, a SBF tornou-se muito mais que um distribuidor de hardware, transformando-se em uma indústria de serviços integrados aos editores, que pode cobrir todos os pontos da cadeia de produção e venda do livro eletrônico.
Hoje, através da parceria Simplíssimo/SBF, o editor brasileiro passa a contar com serviços especialmente desenvolvidos para a implementação do e-book, da conversão de livros para os formatos e-book mais utilizados do mercado, até o controle completo da distribuição e comercialização do catálogo de e-books através da plataforma Stealth®.
Um e-book, ou «livro eletrônico», é simplesmente a versão digital de um livro de papel. A idéia do ebook não é nova: os primeiros e-books foram produzidos no final dos anos 90, quando, como dispositivo de leitura, se pensava principalmente nos dispositivos portáteis com tela de LCD (Pocket PC e afins). Em cerca de uma década, o mundo tecnológico evoluiu radicalmente do ponto de vista de hardware e software, abrangendo praticamente todos os mercados.
O setor editorial, porém, não foi atingido por esta «revolução digital», do ponto de vista do usuário final, pois não existiam meios de leitura tão confortáveis quanto os livros ou o papel em geral. Esta situação mudou nos últimos 4-5 anos, com o surgimento do leitor de e-book (ou e-reader) que usa «tinta eletrônica» (e-ink). Nesta tecnologia e-ink se baseiam todos os eReaders no mercado: o Kindle da Amazon, Cool-er, Cybook, Sony Reader e outros.
A característica que faz a diferença, em relação aos aparelhos de fins da década de 90, é a tela e-ink. Como ela não emite luz, como todos os LCDs ou computadores e smartphones, o texto é mostrado por luz refletida, como no papel. Ler um ebook assim é extremamente confortável, os olhos não se cansam nem avermelham.
Absolutamente não! Os e-books no formato ePub podem ser lidos em praticamente qualquer tipo de mídia digital, além do leitor do ebook: em PCs e computadores portáteis, com Windows, Mac ou Linux, iPhone, smartphones, e no tão badalado iPad.
O leitor digital com tela e-ink permanece o meio mais confortável para ler. Foram estes dispositivos que permitiram à edição digital «quebrar barreiras» nos Estados Unidos. Porém, uma vez que o livro é publicado, você pode ler onde quiser.
O formato ePub é o padrão para o e-book, pode ser utilizado para leitura direta ou como base para outros formatos «proprietários», de algumas plataformas específicas. Por exemplo, a Amazon usa o ePub como base para a criação do formato Kindle.
O ePub foi definido por um consórcio aberto, chamado IDPF (International Digital Publishing Forum, www.idpf.org), do qual fazem parte editores, prestadores de serviços e produtores de software. A própria Adobe, que inventou o formato PDF, entrou para o consórcio IDPF em 2009. A Simplicissimus Book Farm faz parte do IDPF desde 2007.
A necessidade de uma norma padronizada para o formato vem do fato que o editor precisa saber que, ao produzir um livro eletrônico, seu investimento não será perdido dentro de alguns anos por causa do surgimento de novos formatos.
O ePub foi desenvolvido para satisfazer totalmente a exigência de estabilidade e de portabilidade. Suas características principais são:
A principal diferença entre o ePub (e derivados) e o PDF, é que o texto do ePub é repaginado automaticamente pelo dispositivo onde está sendo lido, enquanto o texto no PDF está ligado ao conceito de «páginas» com uma dimensão própria e que deve ser adaptada para os diferentes dispositivos. Um formato clássico A4 é de difícil leitura em um Kindle, Cool-er, ou iPhone.
Por esta razão, o formato ePub é chamado reflowable (flexível), enquanto o PDF é um formato not reflowable (não flexivel).
Esta diferença tem um impacto econômico direto para o editor: produzindo em ePub, uma editora investe somente uma vez e tem a certeza que aquele e-book pode ser lido de forma ótima em qualquer tela, seja de um celular, de um leitor eletrônico ou de um monitor de PC. Ao distribuir um PDF, entretanto, o editor precisa definir o tamanho da página, e assim, ler em um celular poderá ser muito desconfortavel, enquanto quem lê em uma tela maior terá uma página que não se adapta bem.
Não, isso significa que a definição do layout é diferente de uma diagramação tradicional. No ePub o conteúdo é em HTML e o estilo é definito pelo CSS, portanto segue os padrões já estabelecidos das páginas web.
Não existe o conceito tradicional de «página», mas mesmo assim você pode definir margens, usando medidas em percentual em relação ao tamanho da tela, de modo a adaptar-se a qualquer dispositivo, ou então pode definir o espaço entre um título de capítulo e o corpo do texto, ou o tamanho relativo do texto e das notas.
Haverá um controle do visual do e-book bem detalhado, mas levando em consideração que não há tamanho absoluto, mas relativo, da tela.
O ebook no formato ePub é lido diretamente por todos os E-book Readers (exceto o Kindle, que será discutido mais tarde), graças ao software instalado Adobe Mobile.
Em outros dispositivos é possivel ler usando:
A Amazon usa um formato de e-book proprietário, chamado AZW, para ler no Kindle. O AZW (ou formato Kindle) pode ser obtido a um custo muito baixo a partir de um ePub. É por isso que o ePub vem sendo considerado um formato «universal».
Para produzir um ePub você pode pode usar ferramentas rápidas de conversão, como Calibre (www.calibre-ebook.com) ou com a funcionalidade de exportar ePub incluída no InDesign. O problema destas conversões é que o resultado muitas vezes nao é bom, com código muito complexo (e, portanto, difícil de interpretar para o e-reader) e às vezes não plenamente em conformidade com as especificações ePub. Acima de tudo, o ePub resultante, além de perder completamente o estilo inicial do livro, terá uma usabilidade baixa, porque estará sem sumário e sem notas. Quanto às notas, lembre-se que o ePub não contém o conceito de rodapé, portanto elas serão agrupadas no fundo do documento, com links que levam facilmente do texto até elas.
A solução para um ePub de qualidade, é fazer uma conversão profissional, que se encarrega de transformar o livro de modo a manter o que for possível da abordagem estilística do PDF, enriquecendo o arquivo com notas e súmario do padrão ePub, dando ao seu livro um valor agregado de qualidade.
A Simplíssimo, através da parceria com a Simplicissimus Book Farm, maior fornecedora de serviços de conversão da europa, oferece ao editor brasileiro a possibilidade da converção para o formato ePub a partir de muitos formatos, como o PDF, Indesign, Quark Xpress e Word.
A Simplíssimo está preparando um manual completo de como produzir arquivos em ePub, incluindo um programa em português, para facilitar aos editores produzirem diretamente «em casa» os próximos livros que irão publicar.
O tempo de conversão depende do número de livros e pode variar entre 3 a 8 semanas, dependendo se você quer converter algumas dezenas ou centenas de títulos.
Para fazer a conversão será suficiente fornecer, para cada título:
Cada ePub entregue pela Simplíssimo é validado pela ferramenta de validação ePubcheck, desenvolvida pela Adobe, que verifica se o ePub produzido segue todas as especificações do formato. Graças a essa ferramenta, o editor tem assegurada a qualidade final do seu produto. Além disso, cada arquivo é controlado manualmente por funcionários da Simplissimus Book Farm. A qualidade do produto é lei!
Como no ePub não existe o conceito de página, também não existe o rodapé. As notas no interior do livro são agrupadas, criando-se um link do número de referência para o número da nota. Desta forma, durante a leitura, você pode clicar na parte de trás, ler a nota e clicar novamente para voltar ao texto.
As fontes podem ser colocadas dentro do ePub, porém o editor deve certificar-se que está autorizado a distribuí-la junto com o livro. Além disso, um ebook típico tem um tamanho de 300-600 kb, enquanto uma única fonte e suas variantes pesa entre 1-2 MB. É importante avaliar a necessidade caso a caso, uma vez que os clientes precisam baixar os livros e a fonte inclusa pode tornar o processo mais lento. Finalmente, alguns e-readers permitem que os leitores mudem a fonte à vontade, não apenas de tamanho, como também o tipo.
Para remediar esta situação, o que você pode fazer é usar tanto quanto possível a fonte padrão presente no leitor de ebook, incorporando diretamente outras fontes apenas em casos específicos, para detectar a presença de caracteres com sinais diacríticos ou outros especiais.
Esta solução dá a tripla vantagem de evitar preocupações com o licenciamento de fontes, facilitar o arquivo final (mais rápido para fazer o download, mais fácil de manusear para o leitor), além de deixar o leitor com total liberdade de escolha.
O trabalho de conversão tem um custo que depende fortemente do tipo e do layout dos livros a serem convertidos. Por exemplo, o custo de conversão é muito diferente quando se trata de um romance, ou um texto com muitas notas, um poema ou um livro com muitas ilustrações. Em geral, exceto casos excepcionais, o custo da conversão varia entre R$ 1,5 a R$ 2 reais para cada página de impressão em PDF. Portanto, para converter um livro de 200 páginas, o valor pode oscilar entre 300 e 400 reais.
Uma vez que o ePub é produzido de forma profissional, a conversão para o formato Kindle tem um custo adicional de R$ 0,30 reais por página. Portanto, a conversão de um livro de 200 páginas em formato Kindle exige um investimento adicional (em relação ao ePub) de R$ 60 reais.
Em geral, o ePub pode ser vendido com diversas formas e níveis de proteção:
Para vender um ePub é necessário, como na cadeia de produção tradicional, uma ou mais lojas on-line que façam o contato com o cliente, lojas que possam ser acessadas a partir da Web, ou até mesmo diretamente nos dispositivos de leitura.
Para evitar ter que cadastrar cada livro do catálogo, com descrição e metadados, em cada loja individualmente, nasceram diversas plataformas de distribuição, que funcionam como um centro de conexão aos eBookstores nos quais é, então, efetuada a venda do e-book.
A Simplicissimus Book Farm desenvolveu a plataforma chamada Stealth®, que agora está a serviço dos editores brasileiros através da Simplíssimo Livros. Esta plataforma permite aos editores:
Na prática, uma vez que você decidiu vender um e-book, a editora precisa fazer o upload do arquivo para o site do Stealth®, acrescentando os metadados (título, autor, ISBN, descrição…), definindo o preço e escolhendo em qual loja vender.
O Stealth® vai atualizar automaticamente as lojas, e o e-book estará no mercado, sem qualquer esforço!
O Stealth® permite ao editor de escolher qualquer uma das proteções aqui descritas:
A política de proteção é, como já mencionado, escolhida pelo editor, no painel de controle do Stealth®. Em seguida, é aplicada automaticamente em todas as lojas.
O preço do e-book é determinado pelo editor, através do painel de controle do Stealth®.
A editora define o preço final do livro. Com base nesse preço, é feita a divisão entre os vários intervenientes. A editora recebe os valores arrecadados, descontadas as comissões a pagar para a Simplíssimo/SBF e as comissões a pagar aos lojistas. As comissões cobradas pelos lojistas devem ser definidas por acordo direto entre o editor e o lojista.
O fluxo de venda pode ser descrito assim: a loja efetua a venda ao cliente final. A Simplíssimo/SBF fatura a loja, já descontando a comissão devida à loja. Por fim, o editor fatura a Simplíssimo/SBF, descontando a comissão da loja e da Simplíssimo/SBF.
A vantagem operacional desse sistema é que o editor fatura uma única entidade (a Simplíssimo/SBF), ao invés de faturar individualmente cada lojista. Igualmente para o vendedor, que realiza o pagamento de uma fatura única englobando as vendas de todos os editores.
O Stealth® oferece um relatório completo, no qual o editor pode verificar o status de venda de cada título para cada lojista.
Visite o blog http://simplissimo.com.br/blog onde estaremos fornecendo mais informações e disponibilizando artigos e tutoriais sobre o mundo do e-book e sobretudo sobre o Stealth®.
Escreva-nos um email – stealth@simplissimo.com.br
Ou telefone 051 9177 4484 e fale com o Eduardo.
Você também nos encontrar pelo skype: simplissimo.livros
e pode nos seguir pelo twitter: @simplissimolivr.
Estaremos sempre disponíveis para dar mais informações.
Caros amigos,
Sou escritor e já publiquei um livro impresso em grafica.Agora estou com outro pronto”O triunfo do amor”com 125 pags.Pretendo editar num editor convencional e também em E-book.
Como faço para editar meu livro em E-book?
Cordialmente,
Walter
Muito legal a matéria. Na verdade eu chamaria de “manual” Simplíssimo de publicação de eBooks ! 😉
Em caso de citação, qual a referencia de autoria desse texto?
Marília, você pode citar o texto como de autoria conjunta, entre a Simplicissimus Book Farm (SBF) e a Simplíssimo.
Como faço para ter meu livro no formato AZW, são vocês que convertem ou é a própria Amazon, qual é o procedimento?