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Apple adverte editoras para terem tudo pronto até 30/08; iBookstore deve abrir em setembro

30/07/2012
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Tudo indica que setembro será um mês memorável, e não estamos falando apenas do lançamento do novo iPhone ou iPad. Segundo Julieta Lionetti relata no Publishing Perspectives, a Apple está apressando editoras espanholas para adaptar seus metadados às exigências da Apple. O motivo? A Apple quer lançar sua loja de eBooks na América Latina e tudo precisa estar pronto até 30 de agosto. E o Brasil, salvo alguma mudança nos mapas da Apple, ainda faz parte da América Latina.

Segundo o relato, a pressa da Apple é tanta que está forçando uma série de improvisações bizarras, que incomodam as editoras e ainda podem provocar um incidente diplomático:

Libranda [distribuidora de eBooks espanhola, que irá se conectar ao sistema da Apple] não quis comentar sobre a data exata para o lançamento da iBookstore na América Latina, mas a pressa na sua carta aos editores-eles têm que ser preparados até 30 de agosto – indica movimentos iminentes. A comunicação, de 18 de julho, afirma que a Apple iria permitir apenas três moedas em sua iBookstore – dólares americanos, libras inglesas e pesos mexicanos, uma condição que certamente trará dores de cabeça aos editores (…)

Para utilizar a moeda americana para vender seus e-books, na Argentina e na Colômbia, os editores serão obrigados a usar as Ilhas Malvinas e a Guiana como territórios de origem das operações, dois enclaves coloniais muito ressentidos tanto por parte dos governos quanto das populações de América Latina, e em um momento em que a Unasul (União das Nações Sul-Americanas) mantém uma política ativa de oposição às reivindicações britânicas de soberania sobre as ilhas do Atlântico sul. “Temos a sensação estranha de improvisação sem sentido a respeito de um mercado crítico para os editores espanhóis.

O que o texto não diz é que a Apple, assim como a Amazon, encontrou dificuldades para vencer a burocracia do sub-continente e a complexidade de regras tributárias. Entender e se adaptar a legislações de tantos países é um processo lento e caro. Pelo que descreveu Julieta, a Apple adotou a única legislação da América Latina capaz de resolver a questão rapidamente: o jeitinho  brasileiro.

Só esqueceram de avisar o pessoal da Apple que o nosso “resolver, não resolvendo”, vai exigir uma assessoria de relações públicas especializada em América Latina. Se os jornais descobrirem que as editoras espanholas “venderão” eBooks a partir das “ilhas Falkland”, para driblar legislações locais, a Apple será a vilã da hora. As manchetes são tão fáceis… “Apple cria colonialismo tecnológico”; “Para Apple, Malvinas são britânicas e servem para burlar leis”; “iColonize”, etc.

Para ler o relato completo dos problemas enfrentados pela Libranda e pelas editoras espanholas para vender seus eBooks na América Latina, via Apple, visite Apple Races to Open iBookstore in Latin America, Causing Headaches | Publishing Perspectives.

 

  1. Meses atrás, preparei alguns ebooks para subir à loja da Apple. Depois de mil e um detalhes, cadastros e chatices comuns, descubro que, para subir os ebooks, deveria instalar o iTunes Producer, que, idiota e estupidamente, só roda em Macs. Olhei para meu PC e desisti. Pelo jeito, eles ainda preferem lucrar com hardware e não com produtos digitais…

  2. Desde abril estou numa saga para disponibilizar (gratuitamente) um material gerado a partir do iBooks Author e as razões utilizadas para devolver o e-book para revisão são risíveis. Mas vou persistir mais um pouco nos testes de depois faço um relato.

  3. Pingback: iBookstore está finalmente disponível no Brasil

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