Contra todas as previsões, possíveis, o site Good E-Reader informa que o jornal do magnata Rupert Murdoch, The New Yor Times, está fazendo sucesso no modo de assinatura de conteúdo. Na época em que o serviço foi lançado, em março desse ano, muitos duvidavam de que esse seria um negócio viável, uma vez que praticamente o mesmo conteúdo está disponível gratuitamente na internet. Achava-se que o usuário da rede, acostumado a ter tudo sem precisar pagar, não se adaptaria a um modelo de assinaturas.
Mas a nota informa que o negócio vai de vento em popa. Em um anúncio, a empresa afirmou que possui 324 mil assinantes pagos nesse quadrimestre contra 281 mil no segundo quadrimestre de 2011. É um ótimo crescimento, que revela a viabilidade do negócio de venda de conteúdo digital em formato de assinatura.
O sucesso não veio fácil. Para conseguir o maior número de clientes possível o jornal lutou para estar presente em revendedoras como Amazon e Barnes & Noble, além de desenvolver aplicativos para o iOS, chegando a proprietários de iPhones e iPads.
Outro que comemora a bonança, de acordo com o site paidContent, é o Financial Times. Mesmo após perder um processo contra a Apple para vender assinaturas dentro dos aplicativos, o jornal marcou um número de 250 mil assinantes até setembro.
Estamos falando de jornais, mas uma estratégia muito parecida pode ser desenvolvida por editoras. Já existem bibliotecas – até mesmo no Brasil – que disponibilizam conteúdo a partir do pagamento de uma taxa. Os livros não ficam armazenados no computador do leitor, e sim na nuvem, na internet. Enquanto o usuário pagar a assinatura, terá acesso aos serviços. Quando não quiser mais, basta encerrar o acordo.
É uma vantagem para a editora e para o leitor. A editora fica segura com um recebimento fixo mensal, enquanto que o leitor tem acesso a um enorme acervo que não poderia ter se comprasse um livro por vez. É uma estratégia interessante, que ainda poderá ser explorada por muita gente.