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E se as Editoras Lançassem Sua Própria Livraria Online?

26/06/2012
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A ideia apresentada por Joe Wilkert em seu último artigo faz todo o sentido. Por que as editoras precisam da Amazon e outras famosas lojas online? Por que não vendem seus eBooks em seus sites?

A resposta para tudo isso é visibilidade. Em um mundo atual em que os leitores não se importam mais em saber qual a editora do eBook que estão comprando, fica bem difícil para as produtoras de livros fazer com que clientes entrem e comprem em seus sites. Isso fica ainda pior quando uma gigante como a Amazon resolve arcar com prejuízos que editoras não poderiam segurar para vender livros digitais a preços muito menores do que o mínimo.

O mesmo pode ser aplicado ao mundo dos impressos: o leitor vai até uma grande livraria para encontrar variedade, para encontrar tudo o que precisa. Se ele for até a seção de gastronomia, irá encontrar todos os melhores livros sobre o assunto, não importando de qual editora seja, e não precisará consultar uma por uma – impossível conhecer todas – para pesquisar livros.

No mundo digital, editoras sofrem por terem que se submeter às taxas de comercialização e à revelia de precificação de lijas online. Aqui no Brasil não é muito diferente. Taxas que chegam a 50% do valor do eBook impedem a popularização dos livros digitais, uma vez que há muitas bocas tirando um pedaço do mesmo título, e assim vender algo por R$2,99 está fora de cogitação.

Mas a ideia de Wilkert é muito boa. Porque não abrir uma livraria online cuidada por editoras? Com taxas apenas de distribuição, proteção e manutenção do portal, editoras de todos os tamanhos poderiam vender seus eBooks mais baratos, além de ter acesso à preciosa informação sobre os compradores dos títulos.

Wilkert sugere que com sua própria livraria, as editoras poderiam praticar o modelo de agência, e manter 70% do valor do eBook, enquanto os outros 30% iriam para a manutenção do serviço. Lojas estão virando editoras e, por isso, porque não editoras virando lojas? O autor também sugere que a grande loja de editoras poderia abandonar o DRM para bater lojas como Amazon, mas aí já é outra história, né?

 

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