Ebooks no Brasil: faturamento de R$ 3.85 milhões em 2012
Semana passada foi publicada a pesquisa anual da FIPE, encomendada pelo SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livros) e CBL, trazendo dados sobre a evolução do mercado no período 2011-2012. Os principais jornais reproduziram a pesquisa, mas só o Carlo Carrenho esmiuçou a questão do resultado econômico dos digitais, em seu blog. Confira os principais pontos levantados pelo Carrenho:
- A pesquisa aponta que foram vendidos 235.315 unidades de livros digitais, com faturamento de 3.85 milhões. Não há série histórica com dados de vendas dos livros digitais em anos anteriores (porque não se vendia quase nada em formato digital), então não é possível extrapolar a amostra e imaginar os números do mercado inteiro. 197 editoras foram pesquisadas e os números apresentados são exatamente o que foi apurado na amostra. Carrenho separou alguns dados da pesquisa:
- Fazendo alguns cálculos a partir dos dados da pesquisa e comparando com dados anteriores, de outras fontes, Carrenho estima que a curva de crescimento das vendas de ebooks no Brasil, em 2012, tenha sido como mostra o gráfico abaixo. Como ele recorda, “a brincadeira por aqui só começou de verdade em outubro, quando a Apple começou a vender livros digitais brasileiros, e só ganhou força máxima no Dia D, 5 de dezembro de 2012, quando Amazon, Google e Kobo chegaram juntas ao Brasil.
- Na comparação, o preço médio do livro digital (no segmento Obras Gerais, responsável por 50% do faturamento digital em 2012) teria sido mais alto que o preço médio do livro impresso, no mesmo segmento. Embora ressalte que o número não está levando em conta diferenças de formato, tamanho, e outros detalhes, Carrenho notou a discrepância nos dados. Nada que os leitores já não percebam há tempos, como vemos aqui e acolá.
Uma pena que estamos já em agosto de 2013 e só agora estes dados tenham vindo a público. É muita defasagem. Sorte nossa que outras pesquisas, mais alinhadas com o ritmo do mercado, devem começar a aparecer em breve. Como bem lembrou a Raquel Cozer, na Folha, “a chegada de multinacionais de pesquisa, Nielsen e GFK, que medem as vendas na boca do caixa das próprias livrarias, deve trazer números mais confiáveis nos próximos anos”. Esperemos que não só mais confiáveis, como menos defasados também.
Ótima notícia!
Adoro notícia boa!