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A ética de digitalizar os livros deve mudar?

26/07/2012
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A prática de escanear livros já existe há um certo tempo. Quando estávamos na faculdade éramos “obrigados” xerocar partes de um capítulo ou ele inteiro, até que um certo dia “alguém” nos alertou que isso era violar direito autoral. Depois veio o Google, provocando a ira em grandes editoras anunciando um projeto audacioso: digitalizar todos os livros do mundo – em muitos, casos sem permissão.

Claro que houve uma grande bagunça no mercado editorial, pois ao contrário da música, não temos leis que regularize esse tipo de prática ainda. Mas com o tempo, as editoras acabaram por minimizar sua ira, afinal é uma tendência. Como diz Edward Nawotka, da Publish Perspectives “Não muito tempo atrás, a ideia de digitalizar um livro e transformá-lo em e-book para seu uso pessoal era exótico. Agora tem sido comercializada. A prática, que já é muito popular no Japão e na Rússia, passa a ser feita também nos EUA”.

Em outras palavras, o pensamento atual deve mudar, pois em alguns aspectos já não mais se aplica, assim como Nawotka tenta explicar:

 “Legalidades à parte, é ético? Se um autor não permitir que a editora lance uma versão digital de seu livro – por razões artísticas ou pessoal ­– tudo bem se um leitor o converter para o formato digital? Seria certo mesmo que para uso pessoal? Por isso, para o nosso recém-conforto de carregar vários livros sem peso e  em um único dispositivo, é necessário que a atual ética mude?”

É algo a se pensar.

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