Com a decisão oficial do governo americano de abrir processo contra a Apple e cinco das Big Six, anunciada ontem, a opinião é de que a Amazon teria saído fortalecida na história, uma vez que seu modelo de precificação continuará sendo usado sem restrições.
Mas a coisa não é bem assim. Para contra-atacar como podem, as Big Six estão lutando com o que têm de mais precioso: seus livros. E por isso sites de notícia estão afirmando que pelo menos duas dessas grandes editoras estariam se recusando a assinar o contrato anual com a Amazon.
A alegação é de que a Amazon estaria aumentando de forma exorbitante uma taxa promocional sobre eBooks cobrada pela empresa, que já aumentou trinta vezes em relação a 2011.
É uma estratégia similar à que os editores brasileiros estão usando para conseguir o que querem junto à chegada da Amazon por aqui. Lá, apenas as Big Six possuem cacife o suficiente para tal queda de braço, e ainda precisamos ver se isso vai dar mesmo em alguma coisa. Quando o IPG (Independent Publishers Group) também se recusou a pagar as taxas, viu seus eBooks retirados do catálogo da loja.
A matéria no paidContent afirma que duas das seis editoras teriam mesmo se recusado a renovar o contrato, enquanto outras quatro não teriam dado qualquer informação. Todos os títulos das seis editoras continuam à venda na Amazon, mas não há promoção dos eBooks ou divulgação em materiais de marketing.
Embora não se saiba quais das duas editoras não assinaram, a matéria no paidContent informa que não há propagandas da Penguin ou da Hachette.
Com as punições para as editoras por causa do modelo de agência, as Big Six vão ter de segurar uma barra para se manterem bem.
Com informações do The Bookseller.
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