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Haunting Melissa: Terror no seu smartphone

21/10/2013
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Quem está pesquisando sobre novas narrativas, transmídia e storytelling, deve dar uma paradinha (se ainda não conhece) no blog Meditations in an Emergency, de Sheron Neves. Em dois posts recentes (aqui e aqui), ela conta algumas novidades e dicas sobre estes assuntos. Sheron é mestre em Media Studies pela Birkbeck, University of London, professora da Escola de Criação ESPM e da Unisinos, especialista em transmídia e storytelling. O post que apareceu nos meus alertas foi sobre Haunting Melissa, uma narrativa criada especificamente para dispositivos móveis – smartphones primariamente, não tablets. Reproduzo abaixo um trecho, em que Sheron explica mais a respeito:

Haunting Melissa [itunes | site] não é uma série de TV. Nem um filme. É uma narrativa seriada feita especialmente para seu dispositivo móvel. HM vai na direção contrária de tendências como o binge watching e o agenciamento oferecido por plataformas como Netflix e Hulu. Quem baixa o aplicativo, que conta a história de uma jovem às voltas com a morte misteriosa de sua mãe, não tem nenhum controle sobre quando verá o próximo capítulo (os produtores evitam o termo “episódio”), que pode chegar às 4 da manhã com um clarão e um sussurro vindo do seu smartphone. Esse detalhe por si só já tem o poder de imergir a audiência no universo da protagonista: ela ignora quando uma nova sombra, telefonema, reflexo, ruído ou entidade se manifestará.
Além de inovar no formato e na distribuição, o mais interessante de HM é o aspecto interativo que permeia toda a estratégia de marketing. Os produtores do app – indicado ao Best Entertainment App de 2013 – não se utilizaram de grandes verbas nem de ações promocionais tradicionais. Ao invés de limitar-se ao Facebook (que deixou de ser cool para osteens americanos com a entrada da mamãe, do papai e da vovó), HM ganhou hype e fortaleceu sua base de fãs via ações em redes como Instagram, Vine e Tumblr. Estes fãs não consomem conteúdo apenas. Eles produzem. Para celebrar o Halloween, HMlançou a hashtag #31DaysHM: cada dia de outubro traz um tema diferente, e o público posta suas próprias imagens e vídeos. Ao invés de empurrar conteúdo promocional pronto, os produtores estimulam o público a produzir e protagonizar o seu. A comunidade se cria, e a conversa acontece naturalmente – na rede e fora dela.

Interessante, sem dúvida. É uma tendência à qual precisamos nos manter atentos. Confira o texto completo aqui.

 

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