O que era uma rotina apenas no ramo da tecnologia em geral, será agora também para a indústria editorial. O investimento em tecnologias da publicação já acontece em peso, e deve continuar pelos próximos anos.
O famoso R&D (Research and Development) é prática comum em empresas que trabalham intimamente com tecnologia, como empresas de jogos, sites, softwares, dispositivos eletrônicos e muitas outras categorias. É o R&D que faz com que as coisas caminhem, mantendo a indústria sempre em evolução, sempre com melhorias.
E agora que a indústria editorial também está mais ligada à tecnologia, é necessário que também trabalhem com o R&D, se possível em cada empresa. Não dá para ficar esperando o outro fazer algo bom e depois copiar. Ou pior, esperar que empresas de tecnologia desenvolvam as plataformas, como é o caso da Amazon e Apple, das quais as editoras dependem hoje em dia.
Em uma matéria publicada pelo Digital Book World, Ken Michaels, COO da Hachette, corrobora a afirmação: “Vamos continuar a ver grandes investimentos mudando o ecossistema de publicação. Ao mesmo tempo em que nosso sistema de publicação deve vir em conjunto para as melhores práticas e padrões da indústria… estamos percebendo a falta de participação… jogadores rivais invadindo espaços uns dos outros na cadeia de valor, fragmentando tudo.”
Porém, o que Michaels diz é complicado nessa história. Pedir para que as empresas cheguem juntas a uma solução é quase impossível. Não vemos isso acontecendo na indústria da tecnologia, onde há competição por marcas, plataformas e serviços diferentes.
Até o momento, editoras tinham todas uma coisa em comum: o livro era impresso, tinha páginas e capa, todos eram assim. Hoje há uma miríade de aparelhos, formatos e tipos de compra, deixando a vida de todos – inclusive a do leitor – muito mais difícil.
Será mesmo que é possível chegar a um consenso? Uma plataforma, um formato para todos?
Só falta agora mais publicações digitais!