Esse é um dos assuntos mais discutidos do momento, em matéria de publicação digital. Escolas e faculdades correm para prover tablets a seus alunos, enquanto ainda não têm a menor ideia do que fazer com tais objetos, e nem como eles podem ser úteis ou produtivos no ambiente escolar.
Em uma nota que postamos aqui há alguns dias, mostramos uma matéria em vídeo sobre a França e o Qatar, discutindo sobre a aplicação desses dispositivos em salas de aula. Os resultados não eram muito bons, já que os alunos quase não utilizavam o iPad para a aula, mas para diversão. Entretanto, professores e pedagogos estavam animados em encontrar soluções para esse problema.
Posts, artigos e notícias pipocam para todos os lados. “O iPad é a solução para a educação?”. Pensamos na implementação desse método na Europa, ou até nos Estados Unidos. Na China e Japão, talvez. Mas aqui no Brasil, onde sequer temos saneamento básico em todas as casas, que dirá um iPad chegar até cada uma delas? Sei que não devemos esperar que vários problemas se resolvam antes disso, mas é um pouco difícil imaginar essa situação por aqui ainda, exceto em algumas escolas particulares. Talvez PCs funcionariam melhor agora, num primeiro momento.
Mas, seja como for, já temos bastante gente cuidando disso. E não apenas jogando iPads nas escolas, mas estudando melhores usos para esses aparelhos. Na Austrália existe o projeto iPads for Learning, que possui site e é muito completo em estudos. Melhor ainda, possui diversas dicas para a implementação, incluindo dicas de aplicativos que podem ser utilizados em sala de aula e até dois eBooks de qualidade sobre o assunto. Podem ser baixados aqui e aqui.
Outros dois links muito interessantes sobre o assunto são a área de educação com iPad da Apple e também um post de um blog com resultados de uma implementação de iPads no Trinity College.
Um outro ponto de vista é o do artigo apresentado por Joel Bankhead no site AppStorm. De acordo com ele, se o iPad é realmente útil nas escolas, então estamos prestando um desserviço ao demorarmos tanto para implementar esse sistema nas salas de aula.
No artigo, ele cita o caso da Wallace High School, uma escola na Irlanda do Norte que distribuiu um iPad por aluno. No press release da escola, é afirmado que está parecendo que, ao por em prática um projeto como esse, as escolas acabam colocando mais barreiras do que pontes para que os alunos realmente utilizem a tecnologia para a educação.
It became evident that the use of a single device, used by teachers, understood by parents and students would allow all learners to make progress supported by portable, digital technology. Sharing resources, interacting, the creation of a seamless transition between the school day and work at home suddenly seemed possible.
Finalmente, Bankhead explicita os três maiores problemas de projetos como esse:
Esse artigo não é para limitar ou assustar possíveis projetos parecidos, e sim para já informá-los a respeito dos possíveis problemas, para que as escolas já implementem isso aqui no Brasil cientes e preparadas para esses primeiros obstáculos.
O jeito era desenvolver algo que bloqueasse certos aplicativos e que também o professor pudesse monitorar os alunos, simples.
O serviço de biblioteca virtual não apenas pode representar economia, mas faz com que todos os alunos possam ter acesso ao conteúdo exigido ao mesmo tempo, sem limitação de exemplares, e com várias ferramentas que facilitam a leitura