Rich Adin, editor norte-americano e blogueiro, publicou um texto muito interessante sobre marketing no mundo dos ebooks. Um autor perguntou a ele se as técnicas tradicionais de marketing ainda são relevantes no mundo da Internet. Uma boa pergunta, sem dúvida, e que levou o editor a refletir a respeito. Rich, que já trabalhou com marketing em um tempo no qual “as calculadoras de adição e subtração eram os computadores da época”, certos princípios aplicados no marketing há décadas, para qualquer produto, são universais – porque as reações humanas básicas não mudam muito ao longo do tempo. Confira um trecho em tradução livre:
Considere, por exemplo, e-mail contra correio tradicional. Pense sobre sua própria vida. Quão mais rápido você é para descartar sem ler um e-mail, do que um pedaço de correio impresso? A maioria das pessoas, pelo menos, abre o envelope do correio tradicional e começa a ler; as mesmas pessoas vão olhar para a linha de assunto de um e-mail e apagá-lo sem abrir ou ler o e-mail. Nós nos tornamos tão sintonizados com golpes via e-mail, que os apagamos rapidamente.
Embora hoje o marketing seja mais complexo, as regras não mudaram. Não se pode nem ignorar correio tradicional e e-mail, nem abraçar uma forma, com a exclusão da outra. Ambas têm de ser parte integrante de uma campanha.
E isso vale para comercialização de ebooks (ou serviços editoriais). Não é suficiente divulgar um ebook usando modernas ferramentas baseadas na Internet, excluindo assim os métodos mais tradicionais de marketing. Nem todo mundo reage positivamente ao marketing de internet.
No entanto, este argumento é um tanto discutível, até você identificar quem é seu mercado e a melhor forma de chegar a esse mercado específico. Por exemplo, se o seu mercado consiste em fãs de ficção científica militar, eu suspeito que a balança tende a inclinar mais para o marketing baseado na Internet, do que em relação ao marketing tradicional. Aficionados de ficção científica normalmente são mais receptivos a métodos “futuristas”de marketing. Por outro lado, se o seu mercado são fãs de fantasia steampunk, então talvez a balança penda mais para os métodos tradicionais de marketing, já que estes leitores estão olhando para trás no tempo. (Eu sempre quis saber por que, por exemplo, peças promocionais para mistérios, não são misteriosas – por que não são escritas de tal forma a chamar o leitor ao mistério, que só pode ser explorado com a compra do ebook sendo promovido?)
Vou me usar como exemplo. Grande parte das informações eu recebo cerca de livros vem de fontes impressas, não de fontes online. Eu já gastao muito tempo no meu computador e online, e não quero gastar ainda mais tentando encontrar algo para ler. Eu prefiro olhar para anúncios e comentários nas revistas que leio.
Claro, há também a questão da confiança. O New York Review of Books, por exemplo, ganhou a minha confiança ao longo dos anos. Acho seus comentários confiáveis e precisos. Mas revisores anônimos online, são uma história diferente. Acho difícil dar crédito à opinião de bubba345. Eu sei que o revisor no NYRB lê o livro, mas bubba345? Por conseguinte, uma abordagem de marketing mais tradicional é mais provável para pegar a minha atenção.
Há ainda muito mais ideias e reflexões no texto completo de Rich Adin, que você pode conferir aqui. Leitura mais do que recomendada!